Depois da confirmação da morte de dois bugios por infecção de febre amarela, divulgada na terça-feira, 11, o alerta para a doença e a transmissão pelos mosquitos cresce em Venâncio Aires. Dois bugios foram encontrados mortos nos dias 22 e 27 de abril em Picada Castelhano e Linha Estrela.
Após a confirmação, o prefeito e secretário da Saúde, Jarbas da Rosa, os chefes das vigilâncias Ambiental e Epidemiológica, e o veterinário responsável pelas coletas traçaram a estratégia de orientação da população. Estima-se que 70% da população já tenha se vacinado contra a febre amarela em 2009. Agora, equipes da saúde fazem buscas por pessoas que ainda não receberam o imunizante para que coloquem a carteira de vacinação em dia.
“Não há motivos para alarde, pois uma grande campanha vacinal foi feita no município em 2009. O que vamos fazer agora é chamar a população, especialmente do interior, para verificar sua situação vacinal, e orientar para vacinação quem ainda não fez”.
JARBAS DA ROSA
Prefeito e secretário de Saúde
A enfermeira coordenadora do setor de Imunizações, Roselene Heinen, afirma que a 13º Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) solicitou um levantamento da cobertura vacinal da febre amarela em Venâncio Aires. Ela orienta que quem tem conhecimento de não ter recebido a vacina deve procurar um posto de saúde com sala de vacinação para aplicar o imunizante. “Em decorrência de termos que usar todas as doses no mesmo dia que o frasco é aberto, é preciso que as pessoas vejam o dia específico de aplicação da vacina em cada posto”, explica.
No posto de saúde Central, a vacina da febre amarela é aplicada todas as terças-feiras, das 7h30min às 11h15min e das 13h às 16h45min. É preciso levar a caderneta de vacinação e observar os 15 dias de intervalo, caso a pessoa já tenha tomado a vacina contra a Covid-19.
Postos com salas de vacinação e telefones
Cidade
• Estratégia de Saúde da Família (ESF) Caic – 2183-0780
• ESF Coronel Brito – 2183-0791
• ESF Macedo – 2183-0792
• ESF Santa Tecla – 2183-0793
• ESF Tabalar – 2183-0794
• ESF Gressler – 2183-0775
• Unidade Básica de Saúde (UBS) Gressler – 2183-0783
• UBS Santa Tecla – 2183-0785/2183-0786/ 2183-0261
• UBS Central – 2183-0778/2183-0780
Interior
• UBS Centro Linha Brasil – 3741-2307
• UBS Vila Deodoro – 3793-1879
• UBS Vila Santa Emília – 3793-3748
• ESF Mariante – 2183-0795
Esquema vacinal da vacina contra febre amarela
- Crianças com 9 meses recebem uma dose e reforço aos 4 anos
- Entre 11 e 19 anos: sem comprovação vacinal até os 5 anos, recebe uma dose única; se já vacinado antes dos 5 anos, fazer uma dose de reforço
- Acima de 20 anos: se vacinado antes dos 5 anos, fazer uma dose de reforço; sem comprovação vacinal ou para quem nunca foi vacinado, é administrada dose única em pessoas até 60 anos incompletos
- Acima de 60 anos: somente com atestado médico
- A vacina não é aplicada em gestantes. A mulher só poderá receber o imunizante depois dos 6 meses de vida do bebê.
Características
A enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Lili Müller, destaca que, diferente da dengue, que tem características urbanas, a febre amarela é prioritária no meio rural. Por isso, um trabalho de busca ativa nos postos de saúde do interior já iniciou visando a orientação. “É importante salientar que não há nada de errado com o bugio. Eles não transmitem a doença. Mas se aparecerem mortos sem uma causa aparente, eles devem ser notificados ao Município”, esclarece.
Fique atento
1 A febre amarela é doença transmitida por mosquitos Haemagogus, que habitam áreas silvestres. O mosquito infectado transmite a doença a macacos e humanos não vacinados. Em áreas urbanas, a febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, zika vírus e chikungunya.
2 Os relatos de morte ou de mudança de comportamento de bugios devem ser informados à Vigilância Epidemiológica do município, pelo telefone 2183-0773. A partir disso, é realizada a coleta de fragmentos de órgãos para exame.
3 Os principais sintomas de febre amarela são febre, icterícia (amarelão) e sangramentos. A doença pode levar à morte. Não existe tratamento específico, apenas para os sintomas.
LEIA MAIS: