‘Time de raça, sangue e guerreiro…’

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O Guarani, que começou o ano como clube da Terceira Divisão Gaúcha chega a outubro tendo quase conquistado uma vaga na Copa do Brasil 2015. Na noite de quarta-feira, 8, enfrentou o Lajeadense no segundo jogo da final da Copa Fernandão, competição que homenageou o ídolo colorado, falecido no mês de junho. Após empate em 1 a 1 em Venâncio Aires, em Lajeado o placar ficou no 0 a 0. Pelo saldo qualificado, o Guarani terminou como vice-campeão.

Foto: Carlos Dickow / Folha do MatePresidente do Lajeadense, Mário Dutra merece a coroação de toda a dedicação ao clube
Presidente do Lajeadense, Mário Dutra merece a coroação de toda a dedicação ao clube

O adversário, sem dúvida, fez uma excelente campanha, com sete vitórias, dois empates e uma derrota. Trabalho do presidente Mário Dutra, que assim como o presidente do Guarani, Luiz Paulo Assmann Júnior é outro dirigente admirável, por lutar tanto para manter o clube da cidade na elite do futebol gaúcho, e ele, assim como os demais do clube, merece o título. Em 2013 viu o clube ser vice-campeão gaúcho, já neste ano, quase foi rebaixado. Agora sim, pode inaugurar a galeria de troféus do novo estádio, inaugurado em 2012.

Assim como os jogadores que estavam desolados no gramado ao final da partida, a razão não deixou com que eu controlasse a emoção e a lágrima acabou escorrendo, porque me sinto parte de tudo isso, acompanho dia após dia a luta e dedicação de todos diariamente no Edmundo Feix. E sei de quão prazeroso e compensador seria erguer aquele troféu.

Mas sentada ao lado do técnico Fabiano Daitx e ouvindo suas palavras, me dei conta de que o meu choro era apenas uma maneira de extravasar o que eu sentia por dentro: injustiça. Como disse o verdadeiro campeão, não resta dúvida de que “o Guarani é campeão moral.” Faço das palavras do Fabiano Daitx, minhas. O Guarani não apelou jogando bola para dentro do campo, não ganhou ajuda da arbitragem, não arrumou nenhuma confusão, apenas jogou futebol, o que não foi suficiente.

O desempenho do grupo foi de time grande, de guerreiros, lutaram como nunca na busca pela taça para coroar todo o esforço. Mas este não foi em vão, escreveram um capítulo mais do que especial na história do clube, pelo estado todo o nome Guarani era o que estava na final e tinha desbancado equipes tidas como favoritas (Pelotas duas vezes, Ypiranga e Inter B, dentro do Beira-Rio). Um por um, diretoria, jogadores, comissão técnica foram incansáveis, não mediram esforços para realizar um trabalho de sucesso, e realizaram. Por isso, só temos a parabenizar e seguir apoiando o belo trabalho desempenhado no clube por todos. Torço para que siga assim, não joguem a tolha, pelo contrário, ser vice-campeão serviu para incentivar ainda este grupo.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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