Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Venâncio Aires, divulgado com exclusividade à Folha do Mate, aponta a necessidade de conscientização da comunidade no que diz respeito à busca pelos atendimentos no Plantão do Sistema único de Saúde (SUS), no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). Durante uma semana, uma comissão da Saúde, liderada pela servidora Vera Tuppel, acompanhou o fluxo do Pronto Atendimento (PA) e constatou que, dos 1.105 pacientes que procuraram por auxílio médico entre os dias 5 e 11 de maio, apenas 25% se tratavam de casos de urgência e emergência, os que devem ter prioridade no setor. Segundo os dados apresentados, 134 usuários que deram entrada no PA tinham necessidade de atendimento de emergência, pois corriam o risco iminente de morte, e outros 145 chegaram em condições preocupantes, precisando de atenção médica o mais brevemente possível.
Em contrapartida, 826 pessoas que procuraram o Pronto Atendimento neste mesmo período tiveram seus quadros clínicos classificados como não urgentes. E são justamente estes casos – 75% do total – que a equipe da secretaria e o HSSM pretendem direcionar para os postos de saúde e também para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que nesta sexta-feira teve anunciada a data de inauguração oficial: 18 de junho. De acordo com o secretário Celso Artus, que durante 35 anos atuou no Plantão como médico, é essencial mudar a cultura da população para que o hospital tenha condições plenas de atender casos de complexidade mais elevada. “Trabalharemos para conscientizar a comunidade”, reforça.
Artus admite que, nos momentos de angústia, é natural que as pessoas procurem o Plantão, porque entendem que no hospital terão atendimento de mais qualidade. Ele pondera, contudo, que a busca incessante por auxílio no setor acaba gerando um volume extraordinário da demanda, o que, muitas vezes, resulta em horas de espera para pacientes que não têm condições clínicas classificadas como de urgência e emergência. “Vamos buscar os locais de origem dos usuários para que possamos fazer a referência deles, orientar para que procurem as unidades de saúde de seus bairros quando os casos não forem de maior gravidade”, salienta. O secretário afirma que ninguém deixará de ser atendido, porém frisa que pacientes classificados nas cores azul e verde precisam ter paciência e esperar a sua vez.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 17/05/2014.