Venâncio gerou 250 postos de trabalho em abril

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Foto: Divulgação / Folha do MateReversão das contratações feitas pela indústria de transformação deve derrubar o desempenho de Venâncio Aires nos próximos meses
Reversão das contratações feitas pela indústria de transformação deve derrubar o desempenho de Venâncio Aires nos próximos meses

A crise implacável que assola o país começa a ameaçar Venâncio Aires de forma mais intensa. Uma breve análise dos números divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, mostra claramente que já está em andamento a reversão lógica relacionada à indústria de transformação, que desde o início do ano contribui para que a Capital Nacional do Chimarrão figure entre os municípios que mais geram vagas no estado.

De acordo com o levantamento do mês de abril, o saldo entre admissões e desligamentos na cidade ficou, mais uma vez, positivo: 250 postos. Em janeiro, fevereiro e março, o saldo foi de 522, 1.293 e 1.373 vagas com carteira assinada, um total de 3.438 empregos gerados no primeiro quadrimestre de 2016. Os números, no entanto, devem sofrer alterações negativas já a partir de maio. A exemplo do que já aconteceu com Santa Cruz do Sul em abril (-233 postos), Venâncio fatalmente sentirá os reflexos da sazonalidade da indústria tabacaleira, que tem como característica a contratação em massa em determinada época.

Em abril, a indústria de transformação ainda foi a responsável pelo bom desempenho da Capital do Chimarrão. Das 901 admissões neste período, 688 foram no setor, embora 404 desligamentos – dos 651 registrados neste mês – também estejam relacionados com a área. Construção civil e comércio encerraram o período com saldo negativo, de 20 e 27 empregos, respectivamente. O saldo de vagas nos últimos 12 meses em Venâncio Aires já é negativo: 880 postos a menos (10.014 admissões e 10.894 desligamentos).

ESTADO E PAíS – No Rio Grande do Sul, 7.383 vagas de trabalho foram fechadas em abril, segundo o levantamento do Caged. Indústria de transformação (-2.988) e agropecuária (-2.174) puxam o mau desempenho. Em nível nacional, as demissões de trabalhadores com carteira assinada superaram as contratações, em abril, em 62.844 registros. Foi o 13º mês consecutivo de fechamento de postos com carteira assinada. O último mês com contratações acima das demissões foi março de 2015, quando 19,2 mil vagas foram criadas.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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