Verdadeiras ou não, notícias estão na internet

-

Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateA credibilidade nos veículos de comunicação, de acordo com o professor Erion Lara, é conquistada apenas depois de muitos anos
A credibilidade nos veículos de comunicação, de acordo com o professor Erion Lara, é conquistada apenas depois de muitos anos

Basta apenas um clique para que alguma notícia ou informação seja compartilhada na internet. As informações nos dias de hoje, devido às plataformas online, ‘correm’ muito rápido, mas nem todas são verdadeiras. Deste modo, vale ficar de olho no que se publica e no que de fato é confiável ou não.

De acordo com o professor do Departamento do Curso de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul, Erion Lara, as pessoas vivem um período de ansiedade. O excesso de conteúdo que se tem disponível hoje, faz com que a ansiedade fique cada vez mais aflorada. Na opinião dele, parece que tudo é uma corrida contra o tempo. Quem dá a notícia mais rápido está sempre na frente e, com isso, as pessoas acabam por compartilhar e reproduzir inverdades.

Hoje, para saber se uma notícia de fato é verdadeira ou não, é importante sempre buscar saber mais e fazer uma pesquisa sobre o assunto, antes de reproduzi-lo. “Mas está cada vez mais difícil descobrir a veracidade. às vezes as pessoas apenas leem o básico da notícia e não toda ela”, comenta.

Conquistada credibilidadeDe acordo com Lara, ao se tratar da credibilidade, o veículo de comunicação pode ser associado a uma pessoa que, também, apenas ganha confiança depois de um tempo: “Alguns meios ganham a credibilidade das pessoas, porque estão com elas há mais tempo.” Diante disso, a checagem das informações, principalmente pelos veículos de comunicação, é cada vez mais importante. O professor ainda ressalta que a credibilidade dos meios necessita de tempo para ser conquistada, mas ela pode ser perdida de forma muito rápida também devido aos erros frequentes.

Em relação às notícias falsas que circulam pela internet, Lara comenta que as pessoas criam inverdades para chamarem atenção. “A internet é capaz de provocar uma fama quase que instantânea”, complementa. Além disso, o professor ressalta que as pessoas também colocam na rede notícias falsas até mesmo em virtude de interesses financeiros. “Existem empresas que trabalham para plantar falsas notícias e falsas informações”, conta.

O grande prejuízo à pessoa que publica ou compartilha uma notícia falsa, é a perda da credibilidade.Nas redações, por exemplo, é comum os próprios leitores passarem alguma informação para o veículo de comunicação. Contudo, de acordo com Lara, cabe ao próprio meio checar se a informação repassada de fato é verdadeira ou não. Embora muita coisa tenha mudado em função das tecnologias e do acesso à internet, a averiguação e verificação das informações é a mesma de muitos anos atrás.

 “Mentir ainda não é crime”, diz delegado

De acordo com o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, boatos que surgem na internet e notícias que não são verdadeiras ainda não são considerados crimes. “Mentir ainda não é crime, a menos que seja uma mentira de uma comunicação de crime ou quando se presta algum depoimento e a pessoa mente, então pode ocorrer um falso testemunho”, comenta. Conforme ele, é preciso ter muito cuidado com a internet e não acreditar em tudo o que se lê. O indicado é procurar colher informações e averiguar se algo é verdade ou não. Assunção ressalta que muitos dos boletins de ocorrência na Delegacia se referem a compras na internet. Segundo ele, há quem acredita em tudo que lê na ferramenta e opta por comprar produtos de sites que não são confiáveis. “às vezes as pessoas tomam mais cautela para ir em uma loja e comprar determinado produto do que quando compram pela internet”, conta.

LIBERDADE DE EXPRESSãOO delegado ressalta que, às vezes, as pessoas se encorajam a falar coisas pela internet que não falariam pessoalmente e acreditam que não há problema, por se tratar de uma ameaça em âmbito virtual. Contudo, segundo ele, é muito mais fácil responsabilizar um indivíduo por uma ameaça feita em âmbito virtual do que fora dele.Assunção comenta que também é necessário um cuidado na formação de opiniões que são expostas nas redes sociais. Em alguns momentos, as pessoas utilizam a ferramenta como um espaço para discussão. “Na verdade, as redes sociais não têm essa finalidade, pois não servem para debater assuntos, mas sim, são para relacionamento”, explica. Na opinião do delegado, nos últimos anos, as redes sociais têm sido má utilizadas. “Nem sempre as pessoas conseguem fazer críticas ou manterem as posições sem serem inofensivas”, conta.

áREA CRIMINALEm relação à área criminal, ele ressalta que existem vários crimes que podem ser cometidos pela internet, como injúrias, ameaças e difamações. Estas podem ser realizadas ou não no ambiente virtual. O delegado destaca que os crimes que ocorrem na internet podem ser rastreados. “é possível que se chegue à autoria dos crimes a partir de informações de postagens e do protocolo de internet da máquina”, comenta.Assunção ressalta que as pessoas precisam ter cuidado com o que é postado e compartilhado, porque, muitas vezes, não se dão conta de que a internet ou o computador não servem de escudo, mas sim, podem ser usados como um meio de prova para desvendar crimes.

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido