Nesta semana o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) assinou repasse do primeiro lote do novo Distrito Industrial de Venâncio Aires, no distrito de Vila Estância Nova, às margens da RSC-287, para a construção do Centro de Distribuição do frigorífico Bom Frango, que está instalado na vizinha Linha Picada Nova. O ato tirou do papel um projeto que tem longa história. Foi iniciado por Airton Artus PDT) como prefeito durante o governo Tarso Genro (PT), quando foi solicitada a área da antiga Colônia Penal de Mariante, que deu lugar ao presídio fechado, em terras que somam 90ha. Assim que Sartori (PMDB) assumiu em 2015, Artus ‘caiu’ dentro do seu gabinete no Piratini com o projeto. E Sartori deu ok. Mandou fazer andar o processo, que teve muitos percalços. Artus terminou seu segundo governo, em 2016, sem conseguir concluir. Veio o prefeito Giovane Wickert (PSB) que continuou a ‘saga’. Fez mudanças na proposta e seguiu os trâmites. No final do seu governo, agora em 2020, conseguiu vencer todas as barreiras burocráticas e ter a escritura de uma área de 83,3 ha para o projeto. Agora Jarbas da Rosa (PDT) instala a primeira empresa no novo Distrito Industrial, que ainda carece de toda infraestrutura de acessos, energia e água. Mas com a Bom Frango, está dado o primeiro passo.

Artus
Quando pedi para Artus me resumir o projeto em três frases ele escreveu assim: “Um projeto que iniciamos e que foi continuado por todos os governos. Será importante para o município em termos de emprego e arrecadação. E muito importante para a região de Estância Nova, para seu desenvolvimento.”
Airton também fez questão de lembrar: “Quando o Claudiomar daSilva, presidente da Caciva trouxe a vice-presidente Fabiana Bergamaschi com um projeto de um presídio-escola e aproveitar a mão de obra prisional, eu fui desenvolvendo a ideia de municipalizar a área de 90 hectares para criar um Distrito industrial.”
Heitor Schuch: R$ 8 milhões em emendas

Com a aprovação do Orçamento da União para 2021 pelo Congresso, o deputado Heitor Schuch (PSB) divulgou a indicação de R$ 10,3 milhões em emendas parlamentares para a área da saúde no RS. São R$ 8,3 milhões para hospitais e municípios, R$ 1 milhão para compra de vacinas pelo Estado e mais R$ 1 milhão para custeio de saúde.
Perguntei no final de semana para Heitor Schuch, federal mais votado em Venâncio em 2018, com 9.398 votos (24,59%), o que estaria destinado para o município. Ele ainda não tinha definição. Na segunda-feira o deputado, acompanhado dos dois vereadores do PSB em Venâncio, Sandra Wagner e Elígio Weschenfelder, visitou o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) e a vice-prefeita Izaura Landim (MDB).
No encontro trataram de emendas de 2020 ainda em andamento, como a compra de um caminhão que será repassado por comodato para a Associação dos Produtores de Arroio Grande, Olavo Bilac e Harmonia da Costa (Apagroh), recursos para pavimentar com bloquetos trecho da estrada em Linha Andréas, defronte a Sociedade de Leituras, além da construção da sede do Centro de Bem-Estar Animal na antiga sede da Favan, que está em fase de licitação. Também foi tema do encontro o projeto de implantação de uma escola de Educação Infantil na Comunidade de Vila Santa Emília, para qual Schuch destinou R$ 1 milhão no orçamento de 2021, anunciado ainda no final de 2020, com o então prefeito Giovane Wickert (PSB).
O deputado citou que Venâncio sempre teve muitos projetos apresentados e que devido a boa organização e elaboração, sempre foram aprovados. “Por isso lembro que é importante se atentar a prazos para garantir as emendas desejadas, porque a emenda nada mais é do que o próprio dinheiro da comunidade voltando para ela através de melhorias e novas obras”, destacou Schuch, sinalizando que tem mais recursos para destinar emendas na área da saúde, para compra de vacinas e para compra de máquinas. Que mais projetos lhe sejam apresentados pelo município.
O deputado apresentou uma planilha onde constam todas suas emendas, desde 2015, quando assumiu uma cadeira no Congresso. Ao todo já são R$ 8 milhões destinados para Venâncio em sete anos.
Notinhas
CEEE privatizada – Foi realizado na quarta-feira o leilão da CEEE Distribuidora, arrematada pelo grupo Equatorial Energia, controlado por um fundo global de investimentos, pelo valor simbólico de R$ 100 mil, pois assume uma divida de R$ 4,4 bilhões da estatal só em ICMS cobrado e não repassado ao Estado. O total da dívida é de R$ 7 bilhões.
Remdesivir – A pressão do ‘sistema’ para que o governo compre o medicamento Remdesivir para tratar o Coronavírus cresce cada vez mais. O remédio americano trata hepatice C e não tem ação comprovada contra o corona, assim como outros medicamentos ‘demonizados’ pelo mesmo ‘sistema’ como azitromicina, ivermectina, hidroxicloroquina, que médicos usam com bons resultados, evitando muitas internações.
A diferença? O que o ‘sistema’ chama de ‘kit Covid’ custa R$ 200 e o Remdesivir custa R$ 18 mil. A preocupação parece não ser com a saúde, mas com o dinheiro envolvido. É a conclusão óbvia de visão leiga. Triste.
Precoce – Em Santa Cruz um grupo de 93 médicos publicou uma página na Gazeta na quarta-feira, 31, onde apoia a intervenção médica precoce no tratamento da Covid. Os médicos, com referências, defendem o inicio do tratamento com medicamentos disponíveis assim que o quadro clinico indicar Covid, sem esperar por resultados de exames, que muitas vezes demandam tempo precioso, que pode ser a diferença entre viver e morrer.
É o mesmo que defendem publicamente alguns médicos em Venâncio, como Renato Fragomeni e Sandro Hansel; tratar a pessoa assim que os sintomas da Covid se manifestem, por conclusão clínica. Receitar paracetamol, pedir exames e mandar esperar o resultado em casa, pode ser uma sentença de morte.
Quem será? O quadro político do pais, polarizado entre o Bolsonarismo e Lulismo, preocupa muita gente que não quer extremos, entre os quais me incluo. Em entrevista para Humberto Trezzi, em ZH, o general Santos Cruz, que foi Ministro de Bolsonaro e por não apoiar ações do presidente saiu do governo, faz uma manifestação importante. Aliás, por falar mal de Bolsonaro ele ganhou muito espaço na grande mídia. O general defende que o pais precisa encontrar um caminho sem extremos e definiu os dois campos citados: “Um grupo se perdeu na corrupção, o outro não sabe governar”. Na mosca.
Os militares, que ocupam significativo espaço no governo do capitão Bolsonaro, estão desgostosos com o o comportamento ‘aloprado’ do Presidente, que não condiz com um militar. Está faltando aparecer um nome para esse caminho que os militares e a maioria do povo brasileiro deseja.
E na quarta-feira já foi divulgado um manifesto pela democracia, assinado, em ordem alfabética, por Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite (PSDB), João Amoêdo (Novo), João Doria (PSDB), Luciano Huck (sem partido) e Luiz Henrique Mandetta (DEM). Penso que faltou o principal nome, conforme manifestam os eleitores nas pesquisas, o do ex-juiz Sergio Moro (sem partido). Se elegermos dai um presidente em 2022, vamos nos afastar dos extremismos. Minha escolha entre todos seria por Moro ou Leite.
Sem aumento
Prefeito Jarbas da Rosa (PDT) anunciou na quarta que os servidores municipais não terão aumento neste ano. Ele tomou a decisão seguindo orientação federal de não aumentar salários, pela inexistência de previsão para isso no orçamento deixado pelo prefeito anterior, Giovane Wickert (PSB) e pelo déficit projetado de quase R$ 15 milhões que precisa ser zerado em ano de pandemia. Jarbas se comprometeu a manter em dia o pagamento dos salários e sentar com o Sindicato em 2022, com orçamento que ele vai definir.
Esportivas
* O Grêmio investe alto em novas contrações. Anunciou o lateral Rafinha, de 35 anos, ex-Bayern e Flamengo, sem clube, com salários de R$ 450 mil. Está anunciando o volante Tiago Santos, ex-Palmeiras.
* Estava acertado verbalmente com o atacante colombiano Borré, do River Plate, de 25 anos, que terá passe livre em julho. A oferta tricolor foi de US$ 6 milhões em luvas para o atleta pelo passe por cinco anos e mais salários de US$ 2 milhões anuais além de premiação. Um salário de R$ 2 milhões por mês ou R$ 100 milhões por cinco anos. Uma fortuna. Mas Borré pediu mais tempo, e o Grêmio desistiu. Penso que é estratégia.
Mas tem também a possibilidade de Douglas Costa, da Juventus da Itália, que está no Bayern da Alemanha, retornar à casa tricolor, com salário de R$ 1,6 milhão. Nome de seleção.
* É o último ano da gestão vitoriosa de seis anos de Romildo Bolzan presidente e Renato técnico no Grêmio. Pelo jeito querem encerrar o ciclo ‘estourando a boca do balão’. Dinheiro tem.
* O Inter, sem dinheiro, traz por empréstimo, com passe fixado em US$ 2 milhões, o jovem atacante chileno Palácios, que é uma aposta. E acertou para julho o retorno da Taison, que está na Ucrânia. Vai receber salário de R$ 700 mil.
* O colorado definiu um novo projeto para o clube e trouxe o espanhol Miguel Ramirez para comandar isso. Ótimo. Mas, em se tratando de Brasil, os resultados não podem demorar.
* No meio de tudo isso tem Gre-Nal na Arena neste sábado às 22h15. Horário absurdo, definido pela TV.
Do Twitter
* Folha S. Paulo: Manifesto pela democracia une Ciro, Huck, Doria, Mandetta, Amoêdo e Eduardo Leite
* O Globo: MPF pede fim de postagens em redes sociais do governo federal que façam promoção de Bolsonaro
* Estadão: Lira eleva teto de reembolso em 170%, e deputado terá R$ 135 mil para despesas médicas (além do plano de saúde)
* Gleisi Hoffmann: Não pode ser prioridade da Câmara permitir a compra de vacina para empresa privada vacinar quem ela quiser e ainda abater o gasto do imposto de renda. Escandaloso! Vai privilegiar os + ricos e fazer o estado pagar a conta, bagunçando o escasso processo de vacinação no país
* Lasier Martins: A mudança na escolha dos ministros do STF foi a primeira proposta que apresentei como senador, em 2015. Agora é o momento de pressão popular para que o Congresso vote a PEC. Conto com você na luta em favor de um novo Supremo! Mais arejado, democrático e menos político