As eletivas, de novo

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Não é fácil depender de uma cirurgia eletiva pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entra ano, sai ano, e a situação é sempre a mesma: centenas de pacientes em uma fila de espera que parece não ter fim, que muito raramente apresenta redução e causa frustração para quem faz parte dela. Às vezes, as situações são simples, mas a demanda elevada impede que o procedimento seja realizado com a celeridade que se espera.

O tema é pauta novamente nesta edição da Folha do Mate. E, infelizmente, a realidade continua a mesma. A pandemia do novo coronavírus – que, aliás, ainda não terminou, embora os casos, internações e óbitos em decorrência da doença tenham reduzido de forma significativa – complicou ainda mais e praticamente estancou a realização destes procedimentos cirúrgicos.

Levantamento atualizado da Secretaria Municipal de Saúde de Venâncio Aires aponta que são aproximadamente 600 pacientes na relação de espera por uma das diferentes especialidades de cirurgias. Deste total, pelo menos 400 são consideradas ‘gerais’, ou seja, casos sem gravidade, que não demandam urgência ou emergência. Mas, à medida que o tempo passa e as operações não são encaminhadas, os problemas das centenas de pacientes tendem a se agravar.

O titular da Saúde, Tiago Quintana, trabalha a questão como prioridade. A informação mais recente é de que os secretários dos municípios que integram a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) têm a intenção de fazer uma mobilização regional no que diz respeito às cirurgias eletivas. No entendimento deles, a união de esforços poderia viabilizar um mutirão regional, o que mostraria ao Governo do Estado a necessidade de desafogar as filas nas cidades e oportunizaria a vinda de mais recursos.

Os gestores estão em busca, mais uma vez, de alternativas para conter a escalada do números de pessoas que precisam deste tipo de atendimento. A média de espera por uma ‘cirurgia geral’, que é considerada simples, comum de fazer, gira em torno de um ano. Já no caso de um procedimento de alta complexidade na área de traumatologia, por exemplo, a angústia pode chegar a quatro anos. Isso mesmo. É necessário que o Município atue para minimizar este desconforto e cobre a participação do Estado.

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