Ações para, pelo menos, minimizar os impactos de enchentes e enxurradas, especialmente na parte baixa da Capital Nacional do Chimarrão. Esta é a pauta do momento e não pode, em hipótese alguma, esfriar. Todas as forças vivas da sociedade precisam estar engajadas no sentido de buscar soluções para um problema que é antigo e não pode ficar de ‘herança’ para as próximas gerações. É preciso arregaçar as mangas, cada um do seu jeito e da forma como puder, para que possamos virar esta página.
Da parte dos gestores, o que se vê é preocupação. Obviamente, todos querem contribuir, mas muitas vezes estão de mãos amarradas, já que o assunto é delicado e técnico, ou seja, não se pode sair fazendo qualquer coisa. É necessário planejar ações viáveis, entender cada processo e o resultado que as iniciativas podem gerar. Se for o caso de uma ‘obra grandiosa’, como se tem comentado, que seja deflagrada de uma vez por todas, desde que haja 100% de certeza de que a intervenção terá reflexos positivos.
Já da parte dos proprietários de imóveis e estabelecimentos comerciais que, de tempo em tempo, são prejudicados pelos fenômenos climáticos, o que se vê é indignação. Isso porque os problemas se arrastam há décadas, as promessas se repetem a cada episódio e a solução nunca chega. Essa parcela da comunidade está angustiada, ansiosa, irritada e clamando por ajuda. Os casos de famílias que têm de renovar a mobília das casas a cada enchente ou enxurrada se acumulam. As histórias são muito semelhantes, sempre tristes, pois por diversas vezes os estragos impedem que realizem outros sonhos projetados.
Não está bem claro o que se pode ou deve fazer, e o que se faz neste primeiro momento é a limpeza (desassoreamento) das sangas e do arroio Castelhano, inclusive com apoio do Governo do Estado, por meio do programa Desassorear RS. Também há uma força-tarefa referente às bocas de lobo, contudo, por mais boa vontade que o Executivo tenha em relação a estas ações, todos sabemos que são paliativas. Nos últimos dias, após a chuvarada mais recente, o prefeito Jarbas da Rosa e o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Sid Ferreira, disseram que a saída é investir em obras de macrodrenagem.
Então, se este é o trabalho mais indicado, que se busque a sua viabilidade. Vamos ter transtornos, com certeza, mas sem dúvida nenhuma, as pessoas prejudicadas não verão problema em conviver durante um tempo com as placas de ‘equipes trabalhando’. Os buracos em calçadas, terra acumulada e por vezes fazendo barro e vias não tão regulares após a execução dos serviços não são nada perto de residências com um metro de água dentro. Ao mesmo tempo que há uma situação complicada de resolver, é a oportunidade de uma resposta positiva para a comunidade, o que ficaria na história de Venâncio Aires.