
O verão se iniciou nesta quarta-feira e embora a estação mais quente do ano seja, para muitas pessoas, ótima para momentos de lazer com a família na praia ou piscina, os cuidados com a saúde precisam ser dobrados. Como forma de orientar as pessoas, a reportagem buscou listar as principais doenças que surgem nesta época do ano e dicas para evitá-las.
De acordo com o médico clínico geral de Venâncio Aires, Luiz Dalprá, em função das altas temperaturas – características do verão – a pele é a mais afetada seja por meio de queimaduras de primeiro ou segundo graus, ou dermatoses, que são um conjunto de doenças da pele, caracterizado por manifestações alérgicas persistentes, cujos sintomas, de uma forma geral, são formação de bolhas, coceiras, inflamações e escamação da pele.

O profissional aconselha que se dê uma atenção especial em relação aos danos causados pelo sol. é por isso que se torna importante o uso do protetor solar em todos os momentos, principalmente nas regiões do rosto e braços, como forma de evitar dermatites e doenças cancerígenas.
Segundo Dalprá, é essencial que as pessoas tenham o hábito de secarem bem a pele para evitarem as micoses. Caso a pele não seja bem secada, o calor acompanhado da umidade é ‘chamarisco’ de fungos, os quais costumam instalar-se nas virilhas, dedos das mãos e dos pés e, até mesmo, nas nádegas.
Picadas de insetos A incidência de picadas de insetos – principalmente do Aedes Aegypti – também cresce no verão, o que pode acarretar doenças como dengue, febre amarela e malária que, apesar de serem pouco comuns na região, merecem atenção. Dalprá ressalta que não é indicado que a pessoa exponha muito o corpo durante a noite e, caso seja necessário, o uso do repelente não pode ser deixado de lado.
Para evitar picadas de animais peçonhentos, como cobras e aranhas, deve-se usar sapatos fechados em ambientes em que há uma maior chance de eles se criarem. “Botas e uma calça longa já ajudam”, comenta. Dalprá explica que as picadas são comuns no verão, porque as pessoas ficam com o corpo mais exposto, além de ser um período em que esses animais circulam mais no meio ambiente.
LEPTOSPIROSEDoença infecciosa, a leptospirose é causada por uma bactéria presente na urina de ratos e outros animais e transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Dalprá ressalta que nessa época do ano, quando chove, há quem caminha por locais alagados, o que é um perigo, porque são neles que as bactérias se propagam. “Por isso, é bom evitar o contato com águas paradas, além de ambientes onde pode haver ratos”, observa.
SISTEMA DIGESTIVONo verão, o sistema digestivo é bastante prejudicado com infecções intestinais, principalmente as gastroenterites, causadas por vírus ingeridos em alimentos e bebidas. Além disso, há infecções oriundas de bactérias mantidas em alimentos mal conservados.
Para evitar algum problema intestinal, Dalprá ressalta que é muito importante o acondicionamento do alimento de uma forma adequada. Evitar a ingestão de comidas que têm aumentado o índice de infecções bacterianas – salmonella em especial. é recomendado levar a sério a conservação e cozimentos das carnes. Os sucos também merecem atenção, porque em alguns casos as bactérias podem estar dentro da própria fruta. Não é muito indicado comer alimentos em locais onde não se tem conhecimento a respeito de como são manipulados e feitos.
DESIDRATAçãOVerão pede, no mínimo, um litro e meio de água por dia para que o corpo fique hidratado. Segundo o médico clínico geral, Luiz Dalprá, as principais formas de perda de água do organismo se dão por meio de fezes, urina, pele e respiração. Para se ter uma ideia, no verão se perde pelo menos meio litro de água por dia através das quatro maneiras citadas. Devido a isso, é fundamental aumentar a ingesta de líquidos no verão das mais variadas formas, seja com o chimarrão, chá, água, sucos ou frutas, por exemplo.
Dalprá comenta que o corpo perde água e, muitas vezes, as pessoas não percebem isso, o que gera fraqueza e cansaço, confundidos como consequências do calor. “As pessoas, às vezes, estão desidratadas sem perceberem, especialmente as crianças e os idosos, porque nem sempre eles têm sede. Então podem estar em processo de desidratação, mesmo sem ter vômito ou diarreia”, conta.
CANSAçO De acordo com o médico clínico geral, muitas pessoas se queixam a respeito do cansaço no verão, mas isso ocorre, principalmente, devido à falta do hábito de praticar atividades físicas.
Deste modo, torna-se importante aumentar a prática de atividades na estação mais quente do ano para que o cansaço e a sensação de indisposição sejam deixados de lado. O recomendado é fazer exercícios durante 150 minutos por semana.