O que é ser gaúcho pra ti, tchê?

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Tchê! O que é ser gaúcho pra ti? Bem como diz o hino rio-grandense, quem é gaúcho mostra, em algum momento, “valor e constância nesta ímpia e injusta guerra”. Desconheço gaúcho que dispensa um bom churrasco preparado em fogo de chão, que não ouve música tradicionalista no domingo, que guarda com amor a primeira bombacha e o vestido de prenda. Ser descendente dessa terra é nascer com as tradições na pele.

Nesta edição do Na Pilha!, data em que também se comemora dia da Revolução Farroupilha são apresentadas algumas das diferentes formas de ser gaúcho. Conheça nas páginas a seguir a história de três jovens envolvidos com o tradicionalismo. Boa leitura!

Foto: Arquivo Pessoal / Na Pilha!Bryan treina tiro de laço com o pai, uma a duas vezes por semana
Bryan treina tiro de laço com o pai, uma a duas vezes por semana

Amor ao tiro de laço: 42 troféus e 18 medalhas

Laço, cavalo e bois fazem parte da rotina de Bryan Storch Funari, 8 anos. Incentivado pelos pais, moradores de Linha Sapé, ele despertou pelo interesse na cultura gaúcha e nas tradições da família. “Meu pai, Jhonatan Luis Funari, sempre peleou pela cultura e minha mãe, Amália Storch Agnes, criada no interior, sempre foi ‘apaixonada’ por cavalos.” A tradição já ultrapassou gerações. A família integra o PTG Regalo Campeiro, cada um tem o seu cavalo e pai, mãe e filho praticam tiro de laço.

“Montei sozinho a cavalo com minha mãe puxando, e meu pai no cavalo mouro da minha mãe, aos dois anos e sete meses, desde então meus brinquedos preferidos são os cavalos, os bois e tudo o que liga à vida campeira.” Aos quatro anos, Bryan ganhou de presente de aniversário um laço sem chumbo e a partir daí, começou a treinar em vaca parada e a participar das provas de rodeios. “Meu primeiro rodeio foi no CTG Lenço Branco, onde conquistei o 2º lugar na categoria Piazito (até sete anos).”

No PTG Regalo Campeiro, Bryan já acumula em torno de 42 troféus e 18 medalhas, ao participar de provas de duplas de rodeio, modalidade vaca parada e provas extras. “Desde 2016 participo de rodeios, já perdi até a conta, mas acredito que sejam mais de cem. 

Foto: Arquivo Pessoal / Na Pilha! Milena é Prenda Mirim 2017/2018, da Associação Tradicionalista de Venâncio Aires (ATVA).
Milena é Prenda Mirim 2017/2018, da Associação Tradicionalista de Venâncio Aires (ATVA)

O passo de dança que impulsiona o amor à tradição

‘Um, dois, três, quatro, cinco, seis e sete, os pares vão marcando e logo desvirando e a prenda do meu lado faz voltinhas pela mão…’ O Xote Carreirinho, do folclore gaúcho, assim como as músicas tradicionalistas, desperta muitas sensações. Mas, além dos passos e do ritmo marcado, a dança expressa os sentimentos e o amor pelo Rio Grande. É desta maneira que Milena Gabriela Ferreira, 13 anos, valoriza o tradicionalismo e cultiva as tradições.

“O que mais me motiva é o amor pela nossa cultura.” Influenciada pela mãe, Estela Ferreira, a jovem começou a dançar aos seis anos e de lá para cá nunca mais parou. Milena integra o Grupo Mirim e Juvenil do CTG Erva Mate, ao estar sempre inserida nas apresentações artísticas da entidade.“A dança é uma recompensa de muitos ensaios e de muito esforço, é uma sensação maravilhosa.” A jovem adora dançar valsa e tem como referência dentro do tradicionalismo, o cantor Marcelo Oliveira.

Foto: Arquivo Pessoal / Na Pilha! João tem envolvimento com o meio tradicionalista desde pequeno
João tem envolvimento com o meio tradicionalista desde pequeno

Da infância à vida adulta, o mesmo amor pelo churrasco

O churrasco é um dos principais símbolos do Rio Grande do Sul. Quem corre ao redor da churrasqueira desde pequeno é o estudante de Administração, João Antônio Freytag, 21 anos. Ele conta que, as primeiras memórias envolvendo churrasco são ao lado do pai ajudando no preparo. Hoje, cultiva essa tradição ao lado da família e sempre que pode, principalmente aos domingos, prepara o churrasco em casa dos pais ou na dos avós.

Envolvido no meio tradicionalista desde pequeno, começou fazendo parte de grupo de dança na escola. Anos depois, voltou a integrar as atividades no CTG Chaleira Preta, engajamento que o fez conquistar, em 2016, o título de Peão Farroupilha da 24ª Região Tradicionalista (RT).

“Quando falamos de tradições gaúchas, passamos a tratar de inúmeros assuntos, símbolos e acontecimentos, pois se trata de uma cultura muito ampla, que abrange milhares de pessoas e simpatizantes”, completa. No entanto, o churrasco, está presente em praticamente todas as residências do estado. Para o jovem, mesmo com todas as evoluções ao longo dos anos, o prato típico dos gaúchos não perdeu seu principal objetivo que é o de saciar a fome, unir a família e amigos em volta da mesa para um momento de confraternização.

Leia a matéria completa na edição impressa da Folha do Mate desta quinta-feira. 

 

 

    

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