A apneia do sono é uma condição bem comum, que atinge de 33% a 35% da população brasileira. Contudo, na maioria das vezes, os distúrbios do sono não são identificados de imediato e, com o passar do tempo, podem interferir diretamente na qualidade de vida e trazer sérias consequências de saúde.
De acordo com o otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, Renato Fragomeni, a apneia é caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes em um período de 60 minutos.
O distúrbio vai além do ronco e, geralmente, é percebido pelo parceiro que dorme ao lado e que também tem o sono prejudicado em decorrência da manifestação destes sintomas. “Na apneia, a barulheira noturna é entrecortada por engasgos. Essas pequenas pausas na entrada de ar diminuem a concentração de oxigênio no sangue. Este comportamento noturno atinge o sistema nervoso, que eleva o ritmo dos batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos”, explica o profissional.
O ronco é uma consequência da apneia e está relacionado a diferentes fatores. “O ronco é o ruído emitido pela vibração dos tecidos moles da garganta enquanto dormimos, devido à perda de tônus ou flacidez, principalmente do palato, da úvula, da língua e da epiglote e a outras alterações anatômicas, como hipertrofia de amígdalas e adenoides, desvio de septo nasal, pólipos, rinossinusites e queixo retraído, dificultando a passagem do ar por essas estruturas”, afirma o especialista.
A manifestação dos sintomas é um alerta às pessoas, que ao apresentarem os primeiros sinais devem procurar orientação de um especialista, que vai fazer o diagnóstico do problema e indicar o melhor tratamento.
Prevalência
A prevalência da apneia do sono é maior em adultos, principalmente em homens, após os 65 anos de idade. Mas, após a menopausa, as mulheres passam a ter o mesmo risco. Entre as crianças, acomete de 3% a 15% da população, independente do sexo. Entre indivíduos obesos, 60% têm a síndrome.
Polissonografia: exame de referência na investigação de distúrbios do sono
Por meio deste tratamento é possível fazer uma análise da atividade cerebral, cardíaca, respiratória, muscular, ocular e ronco durante todo o sono. O exame é muito eficaz na análise da qualidade do sono e diagnóstico das disfunções do sono.
Em Venâncio Aires, a avaliação pode ser realizada no conforto de casa, através de uma polissonografia completa de noite inteira, que avalia entre outros distúrbios, o ronco e apneia do sono, com a mesma análise e acurácia dos exames realizados em clínicas laboratoriais. “O exame tem duração de uma noite com monitorização contínua, sendo analisada por equipe médica especializada”, evidencia o otorrinolaringologista.
“Por meio da Polissonografia é possível fazer uma análise da atividade cerebral, cardíaca, respiratória, muscular, ocular e ronco durante todo o sono.”
RENATO FRAGOMENI- Otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono
Fique por dentro
• Polissonografia: A polissonografia completa de noite inteira em domicílio analisa os mesmos registros que a polissonografia realizada em laboratório. A atividade cerebral é monitorada através do eletroencefalograma em todas as fases do sono. Por meio deste exame é possível avaliar a atividade muscular das pernas e mente; atividade e frequência cardíaca; atividade respiratória, o esforço respiratório e a saturação de oxigênio.
• Poligrafia: A Poligrafia também pode ser realizada em domicílio. Mas, este método é mais simplificado, mede somente parâmetros cardiorrespiratórios (frequência cardíaca, esforço respiratório e a saturação de oxigênio).
• Polissonografia completa em domicílio: Este procedimento é mais próximo da rotina e pode ser realizado na própria cama e travesseiro de uso do paciente. O exame conta com praticidade e conforto e apresenta resultados comparáveis aos do laboratório de sono.
LEIA MAIS:
