
Foi o convite da irmã, Lisandra Posselt, juntamente com o cunhado, Alex Gelain, que levou Géssica Posselt para passar férias em Cartagena das Índias, na Colômbia. Ela já tinha boas referências do local, pois quando fez intercâmbio em Londres, dividiu uma casa com uma colombiana, e por isso, já havia ouvido falar muito bem da cidade, das ilhas e da cultura. “Isso me deixou muito curiosa a respeito do lugar. Então, sem pensar duas vezes, eu aceitei”, recorda.
Na Colômbia, o trio ficou hospedado no Hotel Zalmedina, localizado em frente a um dos shoppings da cidade, perto do mar, e em frente a um dos cassinos. “Tudo era próximo. Tinha mercado, farmácia, lojinhas, e vários outros departamentos para compras, diversão, bons restaurantes e vários barzinhos. O hotel conta com ótimas acomodações e um excelente café da manhã”, recorda Géssica.
Nos sete dias de viagem, o grupo aproveitou para conhecer mais da cidade e da cultura, e palavras como férias, praia, sol, mar, comida, arte, arquitetura, dança e descanso foram uma constante durante os passeios.
Segundo Géssica, a cidade murada de Cartagena é muito fotogênica e colorida, e a população lembra muito a existente nas cidades praianas do nordeste brasileiro. “A arquitetura colonial espanhola é mais imponente que a portuguesa, com pés direitos altos, grandes espaços internos e varandas floridas que tornam cada casa, cada esquina, em uma foto em potencial. A cidade é cheia de monumentos, igrejas, praças e bandeiras de Cartagena e da Colômbia”, contam.

A turista conta, também, que dentro da cidade murada, as atrações são todas próximas umas das outras, e para todo lado que se ande, há pontos a serem visitados: a Torre do Relógio, uma das entradas da cidade murada, a Plaza de Los Coches, a Alcaldía Mayor (prefeitura), a Plaza de la Aduana, a Catedral, entre outras.
Ela cita também o Las Bóvedas, construído para ser abrigo militar e para armazenamento de suprimentos. “Desde a restauração, funciona como principal local de concentração de souvenirs para turistas por metro quadrado da cidade, e por esse motivo, fervilha durante o dia. O assédio deles para comprarmos passeios a pé, de bicicleta, bus, ilhas, ou até mesmo para comprar colares de ‘corais’ (miçangas de primeira) e de pérolas (azuis, púrpuras) é insistente e irritante. O tempo todo alguém te para nas ruas para oferecer chapéus, cigarros, bebidas, artesanatos ou qualquer outra coisa que possam vender. Mas no segundo dia, tu já aprende a lidar com o povo e a negociar. Sim, negociar, pois conseguimos sempre comprar pela metade do valor pedido inicialmente”, ensina.

O trio fez muitas visitas, também à Praça de Santo Domingos, onde acabaram fazendo amizade com os donos dos bares. Géssica conta que há vários bares e restaurantes na praça, além de apresentações de dança, música, gaita, voz e violão. “Porém, não basta olhar e aplaudir, eles sempre querem um trocado. Na segunda noite já sabíamos como lidar com eles, na terceira já nos conheciam, na quarta e quinta noite, já tínhamos amigos e já dançávamos com eles na praça. Pessoas humildes, com um coração imenso, cheio de alegria e felicidade, por proporcionar para os turistas tanta alegria”.
Outro ponto imperdível, segundo Géssica, é o Café del Mar, um dos mais badalados bares da cidade murada, e famoso por oferecer o melhor por-do-sol da cidade. “O entardecer no lugar é tão incrível que fomos mais de uma vez, de olho no mar do Caribe e no sol dourado sobre ele”, salienta.
Fora das muralhas, o trio visitou também o Castelo de San Filipe, e avisa que é fundamental levar água, passar protetor solar e usar chapéu, além de fazer a visita logo cedo para evitar multidões e o sol a pino, já que boa parte das atrações se localizam ao ar livre.

O grupo também visitou ilhas da região, onde passavam quase o dia inteiro. “Cada ilha um encanto, mar cristalino, área para mergulho, areia branca e céu azul. Golfinhos, vários peixes e muitas atrações nas ilhas. Conheci o significado da palavra paraíso”, enfatiza Géssica.
Além dos belos passeios, Géssica fala ainda sobre a segurança do local. Segundo a jovem, a cidade é muito tranquila, sendo possível andar com celulares e câmeras nas mãos sem medo. “Em momento algum fomos pegos de surpresa, os moradores sempre queridos, tentando ajudar, e claro, vender seus produtos”, diverte-se.
>> DICAS PARA CARTAGENA DAS ÍNDIAS by GÉSSICA POSSELT

− Comida de rua: As carrocinhas com lanches na rua são muito comuns: pan de bono (pan de yuca = aipim), arepas, patacones. As palenqueiras (mulheres com roupa típica e bacias com frutas) vendem saladas de frutas e mangobiche (tiras de manga verde com sal). A culinária em Cartagena, como boa cidade costeira, se baseia em peixes e mariscos. Peixes nobres como o Mero, Parco, Robalo, e mariscos nobres como camarões e lagosta são facilmente encontrados. Servidos assados, fritos inteiros, em ceviches, de todos os gostos. Mas também há carne de boi, frango, porco e outras mais exóticas como coelho. Há influências espanholas, andinas, caribenhas e africanas na culinária colombiana. Se usa muito ingredientes como milho, banana, aipim e abacate nos pratos.
As que mais que vi foram as arepas, feitas de farinha de milho branco, como uma panqueca (redonda e achatada), que podem conter ovos também. É presença certa no café-da-manhã (muitas vezes substituindo o pão), em lanches, como acompanhamento de alguns pratos. Normalmente são servidas inteiras, pequenas, mas podem ser recheadas e fechadas (dobradas). Plátanos, um tipo de banana-da-terra quase nada doce. Com ele se faz o Patacón, plátano verde amassado em forma de placa, frito ou assado, bem crocante, que acompanha muitos pratos salgados. Aborrajado, ou seja, plátanos (banana-da-terra) recheados com queijo, empanados e fritos. Arroz de coco, nas versões ‘queimado’ (marronzinho, o mais comum) e branco. É um arroz agridoce. Doces vendidos no Portal de Los Dulces, feito com leite e óleo de coco, açúcar mascavo (que dá o tom marrom) e passas. E sobremesas, a maioria doces tradicionais conhecidos pelos brasileiros, como o arequipe (doce-de-leite) e cocadas.
– Passeio: Pegamos um bus tour, onde passeávamos pelos pontos turísticos, válido por 48h. Poderia descer do bus a qualquer momento e voltar também. Ele passava a cada meia hora. Melhor modo de conhecer toda a cidade e poder parar em pontos estratégicos.
Ponto turístico:- Cidade Velha/Cidade Amuralhada sem dúvida é a principal atração de Cartagena – é a parte da cidade cercada pela muralha, e é onde ficam os principais pontos turísticos de Cartagena. Vale a pena reservar pelo menos um dia só pra ficar andando pelas ruelas dali, conhecendo cada canto, descobrindo as diversas construções, casas, igrejas, praças… Uma delícia!

– Muralha: a famosa muralha levou quase 200 anos para ser terminada e tem 12 km de extensão, e foi construída para proteger Cartagena dos ataques dos piratas. O legal é que ela está super bem preservada, e dar um volta por ela é certamente um passeio obrigatório! Dá pra dar a volta toda na Cidade Velha por ali, beirando o mar do Caribe, e no final da tarde tomar alguma coisa no Café Del Mar, que fica em cima da muralha.
– Torre del Reloj: a torre marca a entrada original da Cidade Velha (era a única entrada da cidade quando a muralha funcionava como proteção contra os piratas), e ao lado dela fica a Plaza de los Coches, onde tem barzinhos legais para a noite.
– Igrejas, Praças e Museus: tem várias igrejas muito bonitas na Cidade Velha – as principais são o Templo Santo Domingo, a Catedral e o Claustro San Pedro Claver. Na maioria é preciso pagar para entrar – a única hora em que você pode entrar na faixa é nos horários de missa. Na região do Templo Santo Domingo tem uma praça com vários restaurantes, uma estátua gordinha de Botero, e muitas lojas chiquetérrimas e carésimas. A Plaza Simon Bolivar fica perto da Catedral, e é bem conhecida também. Se você curte museus, dois legais são o Museu Naval e o Museu del Oro.
– Castelo San Felipe: o castelo fica fora da Cidade Velha (mas é perto, dá pra ir andando tranquilo), no alto de um morro, e é um passeio muito legal. É bom levar água, porque lá é muito quente e tem muito sol, e a entrada é uma subida. Dá pra passear pela parte externa, onde tem uma vista linda de Cartagena, e pelas galerias subterrâneas, super interessantes. Ali do Castelo dá pra ver bem o Convento de La Popa, que é um outro ponto de onde se tem uma vista muito bonita da cidade.

– Getsemaní: é um bairro que fica perto da Cidade Velha, é onde ficam os principais hostels e hotéis. Por ali você encontra também vários restaurantes com bons preços, e vários bares e baladinhas.
– Las Bóvedas: pra quem quer comprar lembrancinhas e artesanatos, esse é o lugar – lá ficam mais de vinte lojas, cheias de opções de souvenirs.
– Playa Blanca Baru e Islas Rosário: vale muito a pena conhecer. Playa Blanca é uma praia com areia branquinha e mar verdinho do Caribe, maravilhosa, e nas Islas Rosário você pode fazer snorkelling e conhecer um Oceanário onde tem show de golfinho. Também conheci a ilha do encanto e ilha do sol, cada uma com suas particularidades, porém, ambas com mar cristalino, areia branquinha, área para mergulho e ótimo para quem procura descansar.
− Número de dias ideais para a estadia: mínimo quatro, e acho que sete foi o suficiente.
− Dica de compras: as pedras preciosas (esmeralda e pérolas), café colombiano, artesanato como pulseiras, bijuterias, pinturas, bolsas e bibelôs para enfeitar e decorar a casa, e claro, ter lindas lembranças dessa viagem inesquecível.