Quem acompanha a recuperação das Nascentes desde 2004 é o atual chefe do escritório e engenheiro agrônomo da Emater, Vicente Fin. A iniciativa partiu da entidade em 1995, quando a Emater iniciou a recuperação com recursos do programa RS – Rural, da Secretaria de Agricultura e das famílias interessadas. “Sempre foi algo que trabalhamos muito, pois o saneamento ambiental é uma das bandeiras da Emater. Recuperamos 39 fontes antes da instalação do comitê. Na época, já eram mais de 118 famílias beneficiadas. Hoje não tenho dúvidas que esse número é maior ainda”.
Desde a criação do Comitê mais 17 fontes foram recuperadas e até o momento 270 já estão mapeadas e catalogadas. Além disso, 14 nascentes de outras bacias, como Sampaio e Taquari, já estão mapeadas e inscritas para receber a recuperação.
“Hoje, Venâncio Aires tem 56 vertentes executadas. Uma média de 190 famílias que são beneficiadas com as fontes recuperadas”, cita Fin. Conforme o engenheiro agrônomo, o comitê criou regras básicas de funcionamento para atender os produtores inscritos. “A ideia do grupo sempre foi começar a recuperar uma fonte que levasse outras famílias a terem interesse.”
Das recuperadas, a maioria se concentra na região de Linha Arroio Grande e arredores. “Percebemos uma expansão rápida. Na medida que fomos recuperando algumas fontes, famílias próximas foram se inscrevendo. Tenho certeza que esse número de nascentes no município com certeza é o dobro dos 270 que já temos catalogados.”
Fin observa que, além de garantir mais saúde para as famílias do interior que têm as vertentes como recurso hídrico, o trabalho de recuperação das fontes aumenta a disponibilidade de volume de água no Castelhano para abastecer a cidade. “Uma proteção de fonte bem feita melhora a qualidade da vertente, da família e do meio ambiente.”
“Estamos falando de qualidade de vida, afinal as famílias passam a ter uma água de altíssima qualidade, e passamos a ganhar na recuperação da mata ciliar. Uma coisa leva à outra. Quem faz a proteção da fonte, passa a valorizar a água e o meio ambiente.”
VICENTE FIN – Chefe do escritório da Emater
Nascentes do arroio Castelhano recuperadas
- Eloi Weyh – Linha 17 de Junho
- Irio Erni Posselt – Linha Harmonia da Costa
- Nelson Gaertner – Linha Arroio Grande
- Eroni Gaertner – Linha Arroio Grande
- Amália Lucia Metz e Osvino Schweikartd – Linha Arroio Grande
- Eroni Gaertnet- Eli Gaertner – Linha Arroio Grande
- Ernando Keller / Norberto Schwendler – Linha Arroio Grande
- Marcelio Jair Pohl – Linha Brasil
- Leomar Astor Goettems – Linha Isabel
- Leandro Hickmann e outros moradores – Linha Marechal Florian
- Clecio Gaertner – Linha Marechal Floriano
- Clecio Gaertner – Linha Marechal Floriano
- Antonio Derli Nunes da Silva – Linha Marechal Floriano
- ERS-422 – Campo do Palmeiras / Linha Arroio Grande
- ERS-422 – Nossa Senhora de Lourdes / Linha Maria Madalena
- Egon Schmidt / Clóvis Silberchlag – Linha Cerro do Baú
- Ivo Edo Krammer – Linha Cachoeira Baixa
Saiba mais
O engenheiro agrônomo da Emater, Vicente Fin, acredita que possam existir em torno de 500 nascentes. Até o momento 284 foram catalogadas.
Nos últimos anos, 17 nascentes foram revitalizadas. Além disso, a Emater estima que, entre 1995 e 2018, outras 39 fontes foram recuperadas por programas como RS-Rural e recursos da Secretaria de Agricultura e das famílias.
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