Venâncio teve 19 óbitos infantis e fetais em 2022

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Em 2022, Venâncio Aires registrou 10 óbitos infantis e nove fetais. O número total (19) iguala 2017 e, na última década, só fica abaixo de 2016, quando foram registradas 21 mortes: 13 delas infantis e oito fetais. O óbito infantil é considerado quando a criança não completa um ano de vida, enquanto o óbito fetal é a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, com peso ao nascer igual ou superior a 500 gramas. Quando não há informação sobre o peso no momento do nascimento, devem ser considerados aqueles com a idade gestacional de 22 semanas (154 dias) ou mais.

De acordo com o secretário de Saúde, Tiago Quintana, não há um motivo específico para a elevação do número de mortes infantis e fetais em relação aos anos anteriores. O titular da pasta ressalta que, quando um óbito é registrado, uma equipe investiga toda a trajetória da gestante, desde o pré-natal. “Averiguamos por onde ela (gestante) passou, quais foram os procedimentos e como foram o parto e o pós-parto. Buscamos todos os motivos que possam ter levado à perda e se alguma situação podia ter sido evitada. Geralmente, a grande maioria dos óbitos é de causas naturais. A meta é reduzir este número, sempre”, argumenta.

Prevenção e comitê

Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, a enfermeira Carla Lili Müller acompanha o secretário Tiago Quintana no que diz respeito à especificidade dos óbitos infantis e fetais. “Não há explicação para a diferença entre os números de cada ano, uma vez que os motivos são bastante variados”, diz, citando como exemplo a malformação, infecções da mãe ou do feto ou outros problemas relativos à gestante, como trombofilia e incompetência de istmocervical. “Há ainda registros de acidentes com as crianças e algumas falhas também acontecem tanto dos serviços quanto das gestantes, mas não é o que predomina”, observa.

Carla lembra que, desde 2015, Venâncio Aires conta com comitê específico para análise de óbitos infantis, fetais e maternos. “Há conversa com a mãe e entre os integrantes do comitê, junta-se toda a documentação relacionada ao caso e, por fim, encerra com o registro no sistema de informação de mortalidade. Alguns casos são levados ao comitê estadual, pois às vezes não se encontra resposta”, comenta. Quando há constatação de falha do serviço, uma carta de recomendação é enviada para evitar reincidência. E, quando o problema é com a gestante, há orientação para que seja realizado tratamento antes de uma nova gravidez.

“Há casos em que as gestantes não aderem ao tratamento ou acompanhamento, como deveria ser. Às vezes, não se consegue leito em tempo. É uma série de fatores. Geralmente, os óbitos não têm causa única. Há mais fatores associados.”

CARLA LILI MÜLLER – Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires

Importante

• A mortalidade infantil é um importante indicador social para análise das condições de saúde e educação. A taxa de mortalidade infantil é um indicador social representado pelo número de crianças que morreram antes de completar um ano de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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