A professora e moradora do centro de Passo do Sobrado, Maria Ione da Rosa, encontrou uma forma inusitada para tentar evitar que as duas motoniveladoras da Prefeitura fizessem o patrolamento da sua rua. Ela sentou na estrada de terra, entre as duas máquinas, em frente à sua residência, para forçar a parada dos serviços.
A professora que reside na rua Manuel Alfredo de Borba, a duas quadras da Prefeitura, não queria que o serviço acontecesse, porque segundo ela, a poeira aumenta muito depois disso. “Quando vi a máquina, fui imediatamente falar com o operador, e solicitei que por favor, não passassem mais nesta rua, e então, ele me respondeu que precisava fazer o serviço, pois tinha recebido ordens do secretário. Então o secretário foi chamado bem como a Brigada Militar e entramos em acordo”, contou Maria Ione.
Ela explicou que logo em seguida, surgiu mais uma patrola para sua surpresa, com o objetivo de trabalhar no mesmo local, uma quadra de 100 metros. “Aí me indignei, e sentei no meio da rua, revoltada por ver o mau emprego dos recursos públicos com duas máquinas para patrolar uma rua tão pequena, e com apenas alguns buracos nas extremidades”, lamentou a moradora. Ela disse que sugeriu que fossem atender os colonos e moradores do interior.
Então o secretário de Obras foi chamado a retornar, e depois de outra conversa, ficou acertado entre as partes, que a Secretaria de Obras não irá patrolar mais a rua até o final do ano, apenas tapar os buracos. A professora destacou que já vem solicitando a pavimentação da rua desde o governo do ex-prefeito Caio Baierle, mas que até agora não foi atendida.
Maria Ione enfatizou que já chegou a colocar uma faixa na rua, pedindo aos motoristas que passem pelas ruas pavimentadas, e que com muito esforço e apoio da ex-vereadora Jussara Martin, conseguiu tirar a circulação dos ônibus da rua.
O que diz o secretário de Obras
O secretário de Obras, Maiquel dos Anjos, disse que ao ser informado do fato, foi até o local conversar com a moradora que havia sentado na rua para impedir o patrolamento, e explicou que já fazia algum tempo que as ruas centrais não eram patroladas, e que estava aproveitando a umidade para melhorar a trafegabilidade. “Como ela disse que não iria sair, com ajuda da Brigada, consegui convencê-la. Então a moradora entendeu e saiu, mas logo depois um operador me ligou e disse que ela havia sentado na rua novamente.
Então retornei e conversamos mais uma vez e chegamos num acordo”, explicou o secretário. Ele disse que entende o protesto da aposentada pela questão da poeira, mas que outros moradores cobram o serviço, porque com o tempo, muitos buracos se abrem na via.