Depois da recuperação da nascente nas imediações do Campo do Palmeiras, nas margens da ERS-422, o Programa de Recuperação das Nascentes do Arroio Castelhano visa beneficiar outros dois pontos em Venâncio Aires. Um deles é em Linha Sapé e outro junto a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Deodoro. Os trabalhos estão sendo realizados a partir de uma parceria do município com o Sicredi e o Rotary Venâncio Aires.
Três nascentes já recuperadas pelo programa foram visitadas na sexta-feira, 5, pela Administração. A próximo ao Campo do Palmeiras, na propriedade de Darci Peiter, cuja vazão é de 220 litros por hora – média de 5,3 metros cúbicos -, e teve trabalho concluído na última semana.
Já em Linha Marechal Floriano, na propriedade do agricultor Antonio Derli Nunes da Silva, a nascente recuperada abastece uma família. Sua vazão corresponde a 670 litros por hora, que equivalem a 15,3 metros cúbicos por dia. De acordo com o agricultor a escassez da água ficou para trás. “O trabalho realizado para recuperar a nascente foi muito bom pra gente e pra propriedade. Não falta água para o nosso sustento e nem para o nosso trabalho do dia a dia”, enfatiza.
Em Linha Antão, a nascente recuperada na propriedade de Clécio Gaertner, trouxe mais praticidade. “Aqui, antes dessa obra a gente tinha água, mas era usada de um modo manual. Desde o final do ano passado quando ficou pronto, ficou melhor”, conta. Com vazão de 825 litros por hora, cerca de 20 metros cúbicos por dia, esta nascente abastece duas famílias. Seu manancial hídrico é usado para o consumo humano e também para prover as culturas produzidas pela família. Segundo Gaertner, na propriedade são cultivados tabaco, gado de corte, milho grão e silagem. Na outra ponta, ainda dentro das terras da família, há também a produção de morangos em estufas para a comercialização.
O programa de recuperação das nascentes
O Programa de Recuperação das Nascentes do Arroio Castelhano, iniciado em 2018, já proporcionou a recuperação de 15 nascentes. Além de melhorar a estrutura do local, a iniciativa também inclui a promoção de pesquisa, análises da qualidade da água, preservação e proteção da mata nativa e orientações gerais para um melhor abastecimento de água no futuro da Capital Nacional do Chimarrão. Até o ano passado, já haviam sido catalogadas ao todo 243 vertentes naturais mapeadas pelo interior de Venâncio.
