Com o calor e a estação do verão se aproximando, as pessoas acabam buscando por áreas de lazer para se refrescar. Neste ano, devido à pandemia do coronavírus, muitas atividades estão suspensas, para evitar o contagio e disseminação da Covid-19. Enquanto que uma série de atividade estão restritas, outras retomam timidamente. Um dos setores que aguardava ansiosamente pelas regras e protocolos a serem seguidos para a retomada das atividades é o dos parques aquáticos.
Proprietário do Parque Aquático Paraíso, de Linha Brasil, interior de Venâncio Aires, Luiz Henrique Ertel, 30 anos, explica que até os últimos dias o cenário era de incerteza. “A gente tinha uma série de projetos e investimentos que ia fazer, mas o jeito foi ir com calma e aguardar uma resposta.”
Ertel cita que os investimentos, que giram em torno de R$ 100 mil para essa temporada, foram realizados nos últimos dias. “Isso é 30% do que queria investir. Mas o jeito foi ir com calma, pois não sabemos ao certo como tudo tende a ser daqui para a frente”, enfatiza.
Os investimentos foram na instalação de duas novas guaritas, melhorias em banheiros proporcionando maior acessibilidade e a aquisição de área para o estacionamento. “Teremos uma maior organização. Um espaço para até 230 carros e 20 ônibus.”
Na última semana, a equipe efetuou uma força-tarefa para deixar tudo preparado para receber o turista a partir deste sábado, quando inicia a abertura da temporada. “Vamos disponibilizar uma opção de lazer com segurança para as pessoas. Teremos todos os cuidados necessários”, cita Ertel.
Excursões
Point do verão, o local recebia o agendamento prévio de mais de 50 excursões até essa época do ano. “No ano passado recebemos turistas de 75 cidades. Nesta temporada a gente sabe que não vai ter essa opção e projeta-se uma redução de 60% a 70% do nosso movimento. Por isso, a meta vai ser trabalhar com o objetivo de proporcionar o lazer com segurança para pequenos grupos de família.”
Em média, por temporada, Ertel comenta que contratava 15 funcionários fixo, por seis meses, além disso, outros 15 auxiliavam nos dias de maior movimento. Nesta temporada, o foco é manter o número de funcionários fixos, mas até o momento o cenário ainda é incerto.
Uma série de medidas para o lazer
O protocolo de segurança está baseado nas orientações do decreto do Governo do Estado ( nº 55.563 de 2 de novembro) e da Associação dos Parques. Será obrigatório o uso e máscara para utilizar a área coberta, lancheria e bar. Ao entrar na piscina, o banhista terá que passar pela medição de temperatura. “Vamos atender apenas 40% da nossa capacidade. Na área de camping vamos isolar churrasqueiras estratégicas para que tenha um intervalo seguro entre as famílias, além disso, vamos disponibilizar álcool em gel nos ambientes”, explica o proprietário do Parque Aquático Paraíso.
Selo
Conforme a coordenadora técnica da Secretaria da Fazenda, a fiscal de posturas Daniele Mohr, o decreto estadual apresenta regras diferentes para balneários e clubes com piscinas.
“O decreto do Estado prevê que o uso de piscinas coletivas só pode ser utilizado para práticas de atividades físicas com algumas exigências. Por isso, as piscinas nos clubes ainda não estão liberadas para o uso coletivo.”
Em relação a balneários e parques aquáticos, a profissional esclarece que só estão autorizados a funcionar os estabelecimentos que tenham o Selo de Turismo Responsável cadastrado no Ministério do Turismo. Conforme o órgão, o selo é um incentivo para que os consumidores se sintam seguros ao viajar e frequentar locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da Covid-19.
“A gente acredita que vai dar uma temporada boa, com dias quentes. As pessoas vão optar por buscar o lazer, e com isso queremos proporcionar essa opção com segurança para nossos banhistas.”
LUIZ HENRIQUE ERTEL – Proprietário do Parque Aquático Paraíso
Orientações
O Ministério do Turismo elenca uma série de protocolos específicos a serem adotados pelos parques aquáticos:
- Garantir que as piscinas convencionais utilizem um sistema adequado de filtragem, bem como operação com nível de ocupação abaixo de sua capacidade máxima permitida e garantir um nível de cloro igual ou superior a 0,8 a 3 mg/litro e PH entre 7,2 a 7,8 em cada piscina. O monitoramento deverá ser realizado a cada quatro horas.
- Segundo o Center of Disease Control and Preventions (CDC), órgão dos Estados Unidos, não há evidências de que o vírus que causa a Covid-19 possa ser transmitido às pessoas através da água em piscinas, banheiras de hidromassagem, spas ou áreas de recreação aquática.
- A operação e manutenção adequada dessas instalações (incluindo desinfecção com cloro e bromo) inativam o vírus na água.
Leia mais: Decreto de Venâncio Aires anuncia novas liberações no esporte