“Não conheço ninguém das redondezas que seja favorável a instalação. Está todo mundo bem temeroso, inseguros. Algumas pessoas já estão instalando alarmes nas residências, preocupadas com a segurança”, diz um morador próximo ao local que prefere não se identificar e que é contrário a instalação da Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil, na esquina das ruas Sete de Setembro com Ruperti Filho, no centro da cidade, que será inaugurada no dia 1º de março.
Segundo ele, a falta de explicação sobre como será o funcionamento da casa é o que deixa os moradores mais temerosos. Assim como o morador, outros cerca de 150 residentes nas proximidades se mostram contrários a instalação a partir de um abaixo-assinado enviado à Câmara de Vereadores, na segunda-feira, 17. A intenção do documento é pedir que o presidente do Legislativo, José Cândido Faleiro Neto, interfira para suspender a instalação da Casa.
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, uma cópia do abaixo-assinado será enviado à Prefeitura, pois não compete ao Legislativo o poder de interferir na decisão da instalação da unidade. O promotor da Infância e Juventude, Fernando Buttini já recebeu uma representação dos moradores e afirma que se manifestará nos próximos dias, já que ainda não analisou o caso.
A assistente social da Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social, Ana Cláudia do Amaral Teixeira, explica que o local corresponde as necessidades previstas no projeto. “O local atende a algumas exigências previstas numa portaria que regulamenta o funcionamento. Então, não precisamos de espaço, de pátio, pois eles não ficarão confinados, pois é uma casa de moradia, onde estarão inseridos em toda a rede de proteção social que existe no município”, salienta.
O prefeito de Venâncio, Airton Artus, ressalta ainda que se houver problemas ligados aos moradores da região em que está instalada a unidade, a Administração Municipal irá trabalhar na defesa dos interesses da coletividade. “é uma iniciativa muito boa, porém, se forem registrados problemas no bairro, iremos trabalhar para encontrar um solução, prezando sempre, pelo bem comum. Este espaço não representa insegurança, ele busca oportunizar uma ressocialização aos jovens dependentes.”
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