O prefeito Airton Artus e secretários municipais visitaram, ontem à tarde, as obras do presídio estadual de Vila Estância Nova. Acompanhados do Superintendente de Serviços Penitenciários (Susepe), GelsonTreiesleben, e de técnicos da empresa V-SIS, Artus conheceu a planta do novo presídio e conversou sobre detalhes da obra. A previsão é que seja inaugurada no mês de dezembro.
Além de ficar mais isolado que a Colônia Penal Agrícola (Cpava) a futura casa penal é classificada como de alta segurança e padrão internacional de higiene. O acesso se dará pela estrada que liga a RSC-287 à Linha Rincão de Souza.
Umas das preocupações da comunidade – e principalmente dos moardores daquela localidade, é quanto à segurança. Por isso, o prefeito busca com o governo do Estado o cumprimento do que foi acertado. Quer ver construída o novo prédio da Polícia Civil, a criação de um Batalhão da Brigada Militar no Município, o reforço no efetivo das duas entidades e da Susepe, além da criação de um posto da BM em Vila Estância Nova e da observância do número de vagas.
Outra reivindicação – e que talvez seja a mais difícial -, é a criação de uma Vara de Execuções Criminais (VEC) no Município. Desde a criação da colônia penal em Venâncio Aires, a VEC de Porto Alegre é que encaminha os presos pra lá.
Artus ficou impressionado com a grandiosidade da obra, iniciada dia 8 de abril e que tem padrões internacionais. Serão mais de 6.500 metros quadrados de área construída em um investimento de aproximadamente R$ 21 milhões. A intenção é de empregar cerca de 200 trabalhadores, entre moradores da região e internos da Cpava.
Inicialmente, serão construídos apenas os quatro pavilhões que abrigarão 538 presos do regime fechado. A área será circundada por duas cercas de três e seis metros de altura. Na parte superior, serão usadas consertinas, que são metais cortantes. Entre uma e outra cerca serão construídas quatro torres de segurança.
A primeira etapa do projeto não contempla a construção do semiaberto. Artus disse que busca explicações do governo do Estado e referiu que uma das condições para a construção do fechado era a desativação do atual semiaberto.
A Cpava, que está sob interdição judicial, abrigava ontem 103 detentos. A intenção é de que o albergue fique pronto antes do presídio fechado. Assim, os presos que ainda estiveram na Cpava, serão transferidos para lá.
Durante a visita, Treisleben anunciou que um levantamento está sendo realizado em todas as casas prisionais do Rio Grande do Sul para identificar os presos de Venâncio Aires. “Esses que cumprem penas em outros lugares serão os primeiros a virem para cá”, garantiu o superindente da Susepe.