Pitanga, a pata que não gosta de água

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Faz parte da natureza deles e o senso comum diz que os patos são animais aquáticos. Pode até ser para a maioria, mas não para a Pitanga. Com 13 anos e uma personalidade já, digamos, ranzinza, a verdade é que a ave nunca gostou de banho. Nem quando novinha.

A Pitanga apareceu na vida de Letícia Mauren Mantovani, 49 anos, ainda na época que ela morava na Cidade Verde, próximo à sede da Apae. Foi um presente do amigo Loivo, que na verdade lhe deu duas patinhas. Mas a Manga, irmã da Pitanga, morreu pouco tempo depois.

Naquele local, que tinha um açude próximo, Letícia já tinha percebido que sua ave era diferente. “Entrar no açude? Nunca! Sempre teve medo.”

A auxiliar de limpeza conta que Pitanga, no máximo, molha a cabeça em uma goteira na casa (hoje moram em Linha Ponte Queimada), em dias de chuva. E é isso. Há alguns anos, Letícia lembra que a flagrou dentro de uma pequena poça d’água depois de uma enxurrada. Mas a única ‘prova’ se perdeu no arquivo do computador, então esse fato já virou lenda.

A pata vive a maior parte do dia atrás da máquina de cortar grama, no seu canto favorito (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

NO CANTO

Uma anciã para os padrões de um pato, que geralmente vive cerca de 10 anos, Pitanga passa a maior parte do dia no canto da garagem, atrás da máquina de cortar grama. Para vê-la mal-humorada, basta tirar o equipamento do lugar.

A ave escolheu esse espaço, quase do lado das casinhas dos quatro cachorros, dos quais ‘furta’ a ração quando termina seu milho. Para avisar que a comida acabou, se para na porta da cozinha e começa a gritar.

Sobre parcerias e implicâncias

Se com água a Pitanga sempre foi arisca, com gente o histórico é sociável. Assim foi na época que moraram no bairro Cidade Nova, há alguns anos. “As crianças jogavam bola na rua, os cachorros adoravam e a Pitanga ia junto. Adorava aquela folia.” Todo mundo na Rua 9 conhecia a pata.

O bom convívio também vale para a relação com as cachorras Roliça, Abu e Sushi, e os gatos Marô, Turuco e Toró. As exceções são o vira-lata Pepe e a gatinha Preta. “Ela não tem paciência pra eles e implica muito”, conta Letícia.

No entanto, nunca houve ‘represália’, porque os outros animais da casa sempre a respeitaram. Tanto, que Pitanga muitas vezes dormiu na casa dos cachorros. Isso quando não determina que vai ficar sozinha. Daí ninguém entra.

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Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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