“Não há preço que pague os olhos do meu filho de encontro aos meus durante as mamadas”

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Histórias que marcaram o período de amamentação, dúvidas e dificuldades do aleitamento materno estão em evidência na Semana Mundial do Aleitamento Materno. A fim de incentivar o compartilhamento das experiências e desmistificar o assunto, a Folha do Mate publica, ao longo desta semana, relatos enviados por mamães de Venâncio Aires. A ação é uma parceria da empresa jornalística com profissionais do Centro Materno Infantil.

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Veja o depoimento de Fernanda Luísa Kerkhoff Böhm, 26 anos, mãe do Benício, de dois meses.

“O aleitamento materno foi algo que logo na descoberta da gravidez fiz questão de priorizar, pois sabia da importância que este momento tem entre a mãe e o bebê. O Benício mamou pela primeira vez meia hora após o seu nascimento, ainda na sala de parto, onde tivemos a experiência do contato pele a pele que fez toda a diferença.

O leite materno vem fazendo muito bem para o Benício. Do primeiro para o segundo mês de vida, adquiriu mais de 1,2 quilo, somente mamando no peito. E isso para uma mãe é maravilhoso, saber que o seu bebê pode se alimentar com o leite mais seguro e puro do mundo, livre de conservantes, livre de qualquer coisa que poderia prejudicar a saúde dele.
Mas é claro que passamos por alguns desafios. O primeiro deles foi conseguir fazer o bebê fazer a pega correta, de modo que não entrasse ar e que não machucasse o mamilo durante a sua mamada. No meu caso, essa foi a maior dificuldade, pois o Benício era pequenininho e meu peito cheio de leite…enorme!

Depois disso, tive que passar pelo grande desafio que é lidar com os mamilos fissurados/rachados. Acredito que, praticamente, todas as mamães passam por este grande desafio…mas que não é nada comparado aos benefícios que a amamentação dá aos nossos pequenos.

Tive que lidar com a dor durante as mamadas até que busquei tratá-los com a aplicação de laser, em três dias encontravam-se cicatrizados. E, por último, foi a minha alimentação, que tive que adaptar e retirar alguns alimentos da minha dieta, isso devido às temidas cólicas dos recém-nascidos…mas como aconteceu comigo, não quer dizer que toda a mamãe vá precisar cuidar, pois cada bebê tem a sua flora intestinal, onde alguns podem ter muitas cólicas e outros nem tanto.

Apesar de todos estes desafios em momento algum pensei em desistir de amamentar meu pequeno, com muito esforço e trabalhando o meu psicológico consegui superá-los e sigo amamentando. Para as futuras mamães, diria para se prepararem psicologicamente que isso será a melhor alternativa, se nossa cabeça estiver preparada nosso corpo responderá da mesma forma.

Não há preço que pague os olhos arregalados do meu filho de encontro aos meus durante as mamadas. Sabendo que através da amamentação continuamos a ser um só. Deus pensou em tudo, depois de tanto tempo sendo um, não poderíamos perder esse vínculo repentinamente.

Por vezes encontro-me com os olhos marejados enquanto ele mama pensando em como fui abençoada. Agradeço a Deus por ele me possibilitar ser mãe, por ter bastante leite e conseguir alimentar o meu filho Benício. Amamentar, certamente, é um ato de amor!”

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Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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