Vou retomando a coluna enquanto assuntos importantes acontecem na comunidade neste inicio de 2012. Um deles é o anúncio do prefeito Airton Artus prorrogando por mais seis meses a intervenção no hospital São Sebastião Mártir. Já era esperado. Ainda mais depois da divulgação do balancete financeiro na semana passada comparando o déficit de 2010, que girou em torno de R$ 3,5 milhões na gestão Milton Deves e o balanço de 2011, onde a intervenção aconteceu em julho e o ano já fechou com sobra de R$ 8 mil. Claro que os problemas não estão resolvidos e nem vão ser solucionados facilmente. Resta uma dívida acima de R$ 10 milhões. Mas o importante era estancar o endividamento do hospital, que crescia qual bola de neve morro abaixo na última década.
Neste segundo estágio da intervenção penso que foi sábio o prefeito na escolhas de nomes. A advogada Gisele Spies Chitolina, atuante no primeiro meio ano de intervenção, foi escolhida para presidir a comissão intervencionista nesta segunda fase. Artus também conseguiu colocar como representante da sociedade civil na comissão o empresário do ramo contábil Luiz Carlos Morsch, homem que teve passagem marcante como presidente do Guarani, que coordenou a campanha comunitária de restauração da igreja matriz e ultimamente a campanha de construção da sede própria e manutenção da ONG Paresp. Morsch é nome com experiência que seria a melhor escolha para uma futura presidência do hospital. Se isso não for viável, Gisele é um nome jovem, mas capacitado também.
Os acontecimentos batem com a tese que defendi lá no início e que me rendeu dissabores. O hospital, com Milton Deves na presidência e Airton Artus na prefeitura, passava por problemas causados pelas divergências políticas. E, além disso, o sistema de gestão agonizava. A intervenção pacificou o hospital e como mostram os números do balancete, estancou a sangria do endividamento galopante, que fatalmente levaria a casa de saúde ao fechamento de suas portas.
Por falar no assunto hospital, o Defensor Público Igor Menini da Silva fez uma manifestação explosiva. Desde janeiro do ano passado ele investigava denuncias e começa a disparar. Assédio moral, assédio sexual, favorecimentos, desvio de verbas, são denúncias graves reveladas pelo Defensor. é nitroglicerina pura.