Ontem me ligou o vereador Wilson Puthin (PP), agitado, pedindo que citasse na coluna que ele é a favor e não contra a construção da Unidade de Pronto Atendimento – UPA na área do estádio Alvi-Azul, no bairro Cruzeiro. Perguntei o motivo da preocupação. E ele me explicou que pela manhã várias famílias foram questioná-lo por ele ser contra a UPA. Puthin, surpreso, descobriu logo que ‘amigos’ espalharam no bairro a notícia de que ele era contra a UPA. O vereador se disse perplexo com o expediente rasteiro utilizado – e não quer dar “nome aos bois” para não acirrar ainda mais o assunto – mas reforça que quer a construção do complexo de saúde sim.

Wilson é nascido no bairro e tem estreita ligação com o Esporte Clube Cruzeiro, clube onde ele e seu pai Osmar Armindo Puthin foram presidente por muitos anos. Com a desativação do clube há anos, Wilson Puthin entende que utilizar aquela área para a UPA será uma grande conquista para o bairro e para Venâncio.

Para ocupar aquela área a administração municipal assumiu o compromisso de construir um novo estádio de futebol em área bem próxima, obra que está em andamento. Um grupo que usa o estádio para jogar veteranos nos finais de semana, tenta evitar a construção da UPA enquanto o novo estádio não estiver pronto, como contsa num documento assinado pelo Município. O prefeito Airton Artus está com os recursos federais liberados para iniciar a construção da UPA e deve buscar apoio no Ministério Público para poder iniciar a obra antes de ter concluído o novo estádio para não correr risco de perder os recursos. Ou terá que levar a construção do complexo de saúde para outro bairro, possibilidade que já está sendo consultada. O que seria uma lástima, pois o complexo no bairro Cruzeiro contemplaria todos os bairros do lado leste da cidade, além de atender centro e outras regiões.

Foi divulgado no final de semana estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) sobre a forma como as prefeituras brasileiras gastam o dinheiro dos contribuintes. Venâncio Aires está 35º lugar no Rio Grande do Sul e 157º no País com nota de boa gestão fiscal. Considerando a análise dos 5.266 municípios brasileiros, a Capital do Chimarrão recebeu conceito de “Boa Gestão” e é destaque entre as cidades dos vales do Taquari e Rio Pardo.

Na escala de 0 a 1, entre 0,6 e 0,8 é índice de boa gestão. Venâncio ficou com 0,7768. Por dois décimos não chega ao índice acima de 0,8 que é de excelência em gestão. O prefeito Airton Artus satisfeito com esta constatação, aponta que a avaliação é sobre 2010. Ele garante que na avaliação de 2011, o desempenho será melhor ainda, com expectativa de atingir índice acima de 0,8, que é o nível de excelência em gestão.

No Brasil a média dos 5.266 municípios ficou em 0,5321 bem abaixo da média dos municípios gaúchos, que ficou em 0,6592. O RS é o estado que tem o maior número de municípios entre boa e excelente gestão.

GESTãO FISCAL – Região

Município            índice         Posição RS

Venâncio            0,7768       35°

Santa Cruz         0,5531       434°

Lajeado              0,7261       130°

Mato Leitão       0,7443       103°

Vale Verde        0,7344       117°

P. Sobrado       0,6895        213°

Boqueirão         0,6913        210°

Na semana que passou citei a preocupação do torcedor venâncio-airense com o início da Assoeva na Liga Nacional e do Guarani da Série A-2, como se chama agora a Segundona gaúcha. Pois o final de semana foi de reação. No sábado a Assoeva, que levara quatro da ACBF , fez 4×2 no Maringá na sua estreia no poliesportivo e deixou o torcedor esperançoso de uma temporada com classificação para a segunda fase na Liga.

No domingo a noite, o Guarani, que tinha empatado três e perdido uma, recebeu o líder da chave, Brasil de Pelotas, no Edmundo Feix. No início um Brasil atrevido tomando conta do jogo. Mas era noite rubro-negra. Veio o primeiro gol, o segundo e o Brasil de aquietou. Terminou em 3×0 também enchendo o torcedor de esperança.

Para completar, gremistas e colorados tiveram goleadas. O Inter fez 7×0 no Juventude. Já foi o tempo que o Ju era touca colorada. O Grêmio fez 4×1 no Veranópolis, que ainda não tinha perdido em casa. é preciso lembrar que só um da dupla pode ir para a final do Gauchão. O Caxias já está lá. Grêmio e Inter, azeitando suas máquinas, vão ter que brigar por uma vaga.

O vereador Adelânio Ruppenthal, por conta da observação feita na coluna da negativa de apartes dos vereadores de oposição aos vereadores governistas, cita que o inverso também é verdadeiro. Disse na segunda-feira que o líder do governo também não concede apartes aos vereadores de oposição em seus pronunciamentos.

Confirmação clara de que o clima entre os vereadores não é bom no legislativo, onde o confronto deve ser de ideias e projetos, mas não de pessoas. Ter adversários é da política. Ter inimigos não.

Por falar no assunto, encontrei os vereadores Wilson Puthin, Celso Krämer e Nilson Lehmen em Estância Nova na terça-feira a noite, por ocasião do lançamento da operação Convivência em Harmonia da Brigada Militar. Conversando com Nilson Lehmen, jovem advogado recém formado e estudante de políticas públicas, sobre política como não podia ser diferente, abordamos o tema de formas de fazer política. Concordamos que ainda se faz política com raiva aqui e em todo lugar. Quando disse a ele que como jovem vereador e avesso a este tipo de fazer politica, teria uma missão importante dentro do PMDB de fazer a transição da forma de se fazer política por muitas décadas para um novo modelo. Ele saiu pensativo, mas acredito consciente da sua missão, que será árdua.

Nilson Lehmen, vereador do PMDB e o vice-prefeito Giovane Wickewrt (PT), são hoje os dois jovens de maior projeção na política local – e tomara que surjam mais nomes nesta mesma linha na próxima eleição. E nota-se nos dois claramente aversão à politica raivosa que ainda se pratica. Esperança que tenhamos num futuro próximo políticos adversários, mas não inimigos e raivosos.

Jornal Diário do Pernambuco de Recife, ao anunciar a posse de Pepe Vargas, deputado do PT gaúcho em lugar do baiano Antônio Florence no Ministério do Desenvolvimento Agrário, saiu-se com esta análise:

“Aos poucos, não é mais o paulistério que chama a atenção na Esplanada dos Ministérios. Com a escolha do gaúcho Pepe Vargas para assumir a pasta do Desenvolvimento Agrário (MDA), a presidente Dilma Rousseff aumenta o número de ministros oriundos do Rio Grande do Sul, o que começa a gerar ciúmes e comentários de que ela esteja montando um gauchério. São agora sete gaúchos no primeiro escalão; quando o deputado Brizola Neto (PDT-RJ) for confirmado como ministro do Trabalho, serão oito.

Também são do Rio Grande do Sul o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams; e os ministros Mendes Ribeiro (Agricultura), Marco Antônio Raupp (Ciência e Tecnologia), Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos). Tereza Campello, da Secretaria de Desenvolvimento Social, nasceu em São Paulo mas é do PT gaúcho, fez carreira política no estado e é casada como deputado Paulo Ferreira (PT), que assume a vaga de Vargas na Câmara .

A presidente vai optando por políticos conhecidos quando era secretária de Minas e Energia no Rio Grande do Sul”.

A matéria segue com opiniões favoráveis e contrárias. Se os políticos gaúchos seguirem o exemplo dos produtores gaúchos que se espalharam pelos campos do Brasil ensinando a plantar e colher, fazendo o país crescer, estaremos no bom caminho.

Mexe com muita gente e muitos interesses a instalação da Comissão de Verdade que o PT vem trabalhando desde os governos Lula e que acelera agora no governo Dilma. Esta comissão terá sete membros escolhidos pelo governo, com salário de R$ 11 mil, para investigar abusos aos direitos humanos durante o regime militar. Nesta semana o Ministério Público do Pará já se adiantou e denunciou um coronel da reserva por sequestro de cinco guerrilheiros do Araguaia em 1974.

Considerando que muitos guerrilheiros ou qualquer outra denominação que se dê aos rebeldes que se voltaram contra os militares na ditadura, até de forma armada, hoje estão no governo, imagine-se o clima instalado.

Um assunto delicado. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, a deputada gaúcha do PT, Maria do Rosário, na sua passagem por Venâncio Aires – onde criou uma proximidade muito grande por conta do vice-prefeito Giovanbe Wickert, que foi se assessor parlamentar – no início doi ano letivo no IFSul, esquivou-se de responder sobre o assunto. Mas na imprensa nacional ela comemorou a ação do MP do Pará aprovando a iniciativa.

E as ações como assaltos a bancos, sequestros, ataques armados que os guerrilheiros cometeram pelo Brasil afora, deixaram de ser crime? Sou contra os extremismos.

O secretário Especial de Gioverno, vereador Telmo Kist, que assumiu a coordenação regional do PDT esteve por5 estes dias refundando o diret´´rio em Sinimbu. Telmo diz otimista que o PDT espera eleger cinco prefeitos na coordenadoria regional. Venâncio Aires está entre estes.

Pontes navegáveis são construções raras de se encontrar no mundo – o que já faz de qualquer uma atração imediata. Se estivermos falando da maior do planeta então, o encanto se multiplica, como mostra o portal G1. Localizada na Alemanha, a Wasserstrassenkreuz possui a estrutura de um aqueduto – como o da Lapa, no Rio de Janeiro -, mas foi projetada para ser cruzada por grandes embarcações.

Inaugurada em 2003, e medindo um total de 920 metros de comprimento, a maior ponte navegável já feita pelo homem conecta dois canais – o Elbe-Havel e o Mittelland – ao passar por cima do Rio Elba, um dos mais importantes da Europa, próximo à cidade de Magdeburg.

Centenários, os canais eram ligados antigamente por uma passagem complicada, que se estendia por 12 km. Por conta disso, o planejamento para conectá-los começou há quase um século, mais precisamente em 1919. As obras chegaram a ser iniciadas em 1938, mas tiveram de ser interrompidas por conta da Segunda Guerra Mundial.

Somente após a reunificação da Alemanha, a construção pôde ser efetivamente retomada. A um custo de 500 milhões de euros, ela começou em 1997, e consumiu impressionantes 24.000 toneladas de aço e 68.000 m³ de concreto. O investimento valeu a pena: a moderna conexão dos canais representa uma economia anual de bilhões de euros para a Alemanha, uma vez que é por esta via que o porto fluvial de Berlim liga-se ao Reno, mais importante rio de toda Europa.

A Europa toda integra de forma muito produtiva os transportes rodoviário, hidroviário e ferroviário. Ao lado dos canais navegais correm ferrovias desafogando as estradas. No Brasil o transporte ainda é quase que exclusivamente rodoviário. Ferrovias foram esquecidas no tempo e os rios também. Por isso o caos no asfalto.

O prefeito Airton Artus voltou satisfeito com o discurso do governador Tarso Genro durante a reunião-almoço Tá na Mesa, essa semana, na Federasul, em Porto Alegre. Ao falar das diretrizes para o desenvolvimento da indústria e do Estado para os próximos anos, Tarso traçou um panorama de otimismo para os presentes no encontro. Aliás, Airton Artus já previa a importância do evento e levou com ele nomes de peso da sua equipe técnica e política. Pouquíssimos prefeitos do RS se deram conta disso.

Em abril do ano passado, quando uma comitiva de Venâncio esteve na Feira de Hannover, numa conversa do grupo, o prefeito Airton Artus falava de projetos que considerava prioritários na segunda metade do seu governo. Lembrei a ele de uma promessa que seria cobrada. Na campanha anterior, em 2008, moradores do Loteamento Bela Vista se reuniram e levaram aos três candidatos a prefeito a cobrança de pavimentação da rua principal do bairro. Airton prometeu asfaltar uma ligação completa do Loteamento até Santa Tecla.

Pois ontem, um ano depois, Artus foi visitar a conclusão do asfalto prometido aos moradores na campanha e lembrou das conversa de Hannover.

Na terça-feira, com a instalação da operação Convivência em Harmonia pela Brigada Militar, em parceria com o Governo Municipal, Polícia Civil e Polícia Rodoviária, em Vila Estância Nova, àquela comunidade viveu um dos seu dias mais tranquilos dos últimos anos. A instalação da operação naquele local para levar mais segurança aos moradores será permanente, com a presença de uma equipe volante da BM. O Major Reis, comandante do 23° BPM de Santa Cruz, durante sua manifestação, citou que o projeto foi instalado em 2007 no bairro Bom Jesus em Santa Cruz do Sul, um bairro violento, onde nem a polícia entrava a noite. O Convivência em Harmonia deu certo lá e foi premiado a nível nacional.

Depois vieram as Unidades de Policia Pacificadora , as UPPs no Rio e o Territórios da Paz no RS, que são projetos semelhantes.

Foi visível o ar de satisfação das famílias presentes na noite de terça-feira em Estância. Agora o movimento deve seguir pela reivindicação de um posto policial permanente na localidade e uma definição sobre o projeto do presídio que fica naquela localidade.

O prefeito Airton Artus contratou três mil horas/máquina para serviços de retroescavadeira para serem executadas em propriedades rurais e estão em processo de licitação mais 500 horas de trator esteira e outras 500 horas de escavadeira hidráulica.

A secretaria municipal da Agricultura recebeu a inscrição de 1.480 produtores para serviços de horas-máquinas só agora em 2012. O número é quase 100% superior às inscrições do ano passado, que alcançaram 750 famílias. A Prefeitura subsidia 50% do valor de até quatro horas de trabalho.

O secretário municipal da Agricultura, engenheiro agrônomo Fernando Heissler, declara-se satisfeito com o aumento das inscrições. Entende que o número reflete a confiança do produtor no trabalho que vem sendo desenvolvido pela pasta. “No último ano, muitos agricultores deixaram de se inscrever, pois acreditavam que não seguiríamos a fila para resolver pedidos pontuais. O que não houve. Essa nova inscrição confirma que o produtor passou a acreditar no trabalho e no nosso interesse em atender a todos”, justifica Heissler.

Serviço de máquinas, brita, material de construção, em ano eleitoral sempre foi nitroglicerina pura. Tomara que o programa consiga ser desenvolvido dentro da cartilha anunciada pelo prefeito. Em todos governos isso sempre foi moeda eleitoral.

Selvino Heck, de Brasília me passa duas observações sobre a decisão da Anivsa de proibir os cigarros som sabor mas mantém a adição do açúcar.

“Sou testemunha da importância do prefeito Airton para que a decisão fosse esta que foi tomada, não tão drástica quanto alguns queriam ou esperavam. Sua presença nas reuniões, suas articulações junto ao governo, parlamentares, etc. (algumas intermediadas por mim, como uma na Casa Civil e outra com Diretores da Anvisa), sua firmeza e ao mesmo tempo capacidade de diálogo foram muito importantes, senão decisivas.

Sábado à noite fui visitar o Airton em casa, porque soube que estava com ameaça de trombose no joelho, e comuniquei que a decisão que a Anvisa tomaria seria a que aconteceu. Nas reuniões na Anvisa sobre a proposta de inclusão produtiva e vigilância sanitária, das quais participei, falei com o presidente Dirceu Barbano e outros diretores e eles me anteciparam o teor geral da decisão: seriam proibidos mentol e outros aditivos, mas não o açúcar. Decisão dura, mas não drástica.