Quando concluiu o bacharelado em Ciências Sociais, Larissa Harres Zucchelli Bittencourt, 34 anos, pensou que, em vez de apenas estudar, poderia contribuir com mudanças positivas na sociedade como professora. “Resolvi cursar licenciatura, por acreditar que, assim, poderia contribuir com uma sociedade melhor, ajudando a desenvolver pessoas mais críticas e ativas no campo da cidadania.”
Professora de Sociologia e Filosofia na Escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas, Larissa acredita que os alunos precisam ser protagonistas no processo de aprendizagem. Há 7 anos, ela trabalha com a metodologia de portfólio, com trabalhos construídos pelos alunos ao longo do ano letivo. “Isso gera um resultado de aprendizado muito bom. Não é uma decoreba para a prova, mas um aprendizado construído, por meio da pesquisa, da leitura e da reflexão”, comenta a profissional.
Neste ano, Larissa adotou, também, a metodologia da sala de aula invertida. Em vez de ela apresentar todos os conteúdos em aulas expositivas, os alunos recebem as orientações para pesquisa sobre os temas, sugestões de leitura e de filmes e documentários para assistir. Durante as aulas, realizam as atividades solicitadas e esclarecem as dúvidas com a professor. “Quando eles têm que pesquisar, precisam ler e pensar sobre o assunto, não apenas ouvir o professor. Isso auxilia a aprendizagem.”
Outro aspecto observado pela educadora é que, na sala de aula invertida, cada aluno pode ser atendido individualmente e trabalhar no seu ritmo, o que promove igualdade na possibilidade de aprendizagem. “Essa é uma tendência educacional e vejo que, para as disciplinas com as quais trabalho, cabe muito bem”, observa.
TECNOLOGIA
Além do incentivo à autonomia dos estudantes, a utilização de ferramentas digitais é uma prerrogativa no trabalho da professora Larissa. Por isso, é comum as aulas ocorrerem no laboratório de informática da escola e aplicativos serem utilizados nos trabalhos. “Conectar-se com o aluno, ouvi-lo e alcançar o mundo dele é essencial para bons resultados de aprendizagem”, acredita a professora.
A utilização do Google Sala de Aula é um exemplo. O ambiente virtual é utilizado por alunos e professora para postagem de materiais e atividades e é acessado tanto na instituição de ensino quanto em casa. “Escolas privadas utilizam os recursos do Google de forma paga e no Monte das Tabocas consegui implantar isso, gratuitamente, após uma série de passos para concluir nosso cadastro. Ainda estamos em fase de implantação desse sistema, mas já vemos resultados positivos em aliar a tecnologia com a sala de aula.”
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PERFIL
Larissa Harres Zucchelli Bittencourt tem graduação em Ciências Sociais, especialização em Mídias na Educação e em Supervisão Escolar.
Professora da Escola Estadual Monte das Tabocas, leciona Sociologia e Filosofia para turmas de 1º, 2º e 3º do Ensino Médio.
Para a diretora da instituição, Marinêz Ferreira Weizenmann, a utilização da tecnologia em sala de aula é um dos destaques da atuação da professora Larissa. “Ela trabalha muito com tecnologia e inovações, e os alunos querem isso. Além disso, incentiva muito a autonomia dos alunos.”
SÉRIE DE MATÉRIAS
Desde o dia 8, a Folha do Mate divulga as matérias sobre as 12 finalistas do prêmio ‘Adiante, professor’. Na próxima edição, na terça-feira, será apresentada a professora de Teatro Rafaela Aline Wenzel, que concorre na categoria Ensino Médio.
A série de matérias se estende até a quinta-feira, 22. Na sexta-feira, durante a Feira do Livro, ocorre premiação dos finalistas, com medalhas e certificados, e revelação do professor destaque, que receberá troféu e R$ 1 mil.
O ‘Adiante, professor’ é promovido pela Folha do Mate e tem o apoio das Universidades do Vale do Taquari (Univates) e de Santa Cruz do Sul (Unisc), EmagreSee e Colégio Gaspar Silveira Martins.
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